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Amigos, jornalistas e clubes lamentam a morte de Son Salvador

Chargista e colunista do Superesportes e do Estado de Minas faleceu nesta madrugada

postado em 23/11/2019 11:04 / atualizado em 23/11/2019 19:38

(Foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press)
A morte de Son Salvador foi sentida por amigos e lamentada por entidades ligadas ao esporte. Gerson Salvador Pinto, de 70 anos, chargista e colunista do Superesportes e Estado de Minas, morreu na madrugada deste sábado (23). Son estava internado no Hospital Vila da Serra para tratar problemas respiratórios. Seu quadro evoluiu para falência múltipla de órgãos e ele não resistiu. O velório começou às 10h e o sepultamento será às 17h, no cemitério Bosque da Esperança.

Muito emocionado, o jornalista Daniel Seabra falou sobre a perda de seu padrinho - no jornalismo e de casamento. Son e Seabra trabalharam juntos em vários programas de televisão e por 15 anos na redação do Estado de Minas.

"A primeira palavra que me vem à cabeça com relação ao Son é gratidão. Foi quem me deu a primeira oportunidade na televisão. Me tranquilizou naquela hora, pois eu nunca tinha feito televisão na vida. Me colocou muito à vontade, sempre. Desde que eu comecei, nós fizemos centenas de comentários juntos. No DT Esportes, que depois virou Aqui Esportes, Bola Na Área, Facebook do Superesportes. Ele sempre me apoiou muito, me ensinou muito. Puxava minha orelha, porque eu era muito novo e falava umas coisas que não devia. Aprendi demais com Son. É meu padrinho de jornalismo, meu padrinho de casamento. É um dia muito difícil. Eu perco um amigo, um padrinho, um cara muito próximo. E a crônica perde um cara que comentava mesmo, que descia o sarrafo quando necessário, que elogiava quando tinha que elogiar. Não passava a mão na cabeça de ninguém. Por isso teve desafeto, teve amigos, porque não aliviava para ninguém. Foi um cara que me ensinou demais e eu tenh gratidão. Ele e o Carlos Cruz são as duas pessoas que eu mais tenho gratidão na vida profissional e pessoal. Ambos são meus padrinhos de casamento e jornalismo. Vou levar para sempre como caras que me colocaram no caminho. Se eu sou alguma coisa hoje, se eu tenho alguma coisa hoje, eu devo muito isso ao Son e ao Carlinhos", agradeceu Seabra.

(Foto: Superesportes)

Ivan Drummond, também companheiro de redação de Son Salvador no Estado de Minas durante 40 anos, lembrou dos momentos que passou com o amigo.
"Conheci o Son em 1979, quando entrei para o jornal. Era diagramador da Segunda Seção e ele, o chargista. Logo nos tornamos amigos. A empatia foi crescendo, ainda mais porque nós dois éramos a zaga do time da Redação. Durante os 40 anos de convivência, a amizade só cresceu. Em 2007 ele me chamou para fazer parte da bancada do Aqui Esportes, na TV Horizonte. Ele, eu, Poliana Andrade, Paulo Galvão, Daniel Seabra, Roger Dias, Arnaldo Viana, Antônio Melane, Kelen Almeida, Patrícia Trindade. Dividir a bancada com ele era um prazer diferente, pois aquilo mais parecia um botequim, entre amigos. Costumava dizer que faltava só a cerveja na bancada. E ele foi também fundador de uma das maiores expressões da música urbana de BH, a Banda Mole, junto com Luiz Mário Jacaré Ladeira, Plínio Carneiro e Paulo Bonome. Um grande cara, um grande amigo", disse Ivan.

(Foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)


O editor do Superesportes, Bruno Furtado, exaltou o trabalho do amigo e disse que Son Salvador deixará saudades.

"Além do humor e da ironia sutil em suas charges, Son Salvador nunca abriu mão da crítica em suas colunas e comentários, independentemente do clube ou do cargo dos personagens do esporte analisados. Nunca foi um bajulador. Tinha opinião. Era sua marca no jornalismo. Deixará saudade em colegas, leitores e telespectadores", 

Nas redes sociais, o Mineirão manifestou condolências pela morte de Son Salvador. América, Cruzeiro e companheiros de imprensa também lamentaram o falecimento do jornalista.
 
 



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