Com ambições bem variadas, indo do título à simples permanência na elite nacional, 20 clubes iniciam, a partir do próximo sábado (29), a disputa da Série A do Campeonato Brasileiro. As novidades desta edição serão Chapecoense, América, Juventude e Cuiabá, que conseguiram o acesso na temporada passada.
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Guia da Série B: times, reforços e projeções de jornalistas [parte 2] ![Guia da Série A: times, reforços e projeções de jornalistas [parte 2]](https://i.superesportes.com.br/DyCgBvRzQLTiu3FKDAKh8WmRkZk=/85x70/smart/imgsapp.mg.superesportes.com.br/app/noticia_126420360808/2021/05/25/3917030/20210524181509540059o.jpeg)
Guia da Série A: times, reforços e projeções de jornalistas [parte 2] 
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Abaixo, veja o desempenho das equipes nos estaduais, as contratações realizadas, os times-base, os destaques e artilheiros. Além disso, repórteres espalhados pelas mais diferentes regiões do Brasil detalham as expectativas em torno dos clubes.
Veja, abaixo, informações e análises sobre América, Athletico-PR, Atlético-GO, Atlético e Bahia:
- Nome do clube: América Futebol Clube
- Posição no último Brasileiro: 2° colocado da Série B
- Desempenho no Estadual: 2º lugar (15 jogos, 9 vitórias, 3 empates, 3 derrotas - 69%)
- Técnico: Lisca
- Artilheiro em 2021: Rodolfo (7 gols)
- Destaque: Ademir
- Reforços para o Brasileiro: Ricardo Silva, Leandro Carvalho, Ribamar, Luiz Fernando, Juninho Valoura, Yan Sasse, Bruno Nazário, Ramon, Eduardo, Marlon e Alan Ruschel
Thiago Reis
Repórter da Rádio Itatiaia, de BH
Eu acho que o América chega à Série A diferente das outras oportunidades em que esteve. Muito mais estruturado, tanto dentro de campo quanto fora dele. Com um orçamento muito bem preparado, muito bem elaborado pela diretoria. Ainda, evidentemente, com algumas carências. A gente tem informação de que algumas serão supridas com o andar do campeonato. Acho que o grande trunfo do América é a permanência do Lisca.
Eu me lembro que no ano em que o Enderson Moreira começou o campeonato e saiu após a pausa para a Copa América, o América degringolou. Se o Enderson tivesse ficado, eu tenho certeza que o América teria permanecido. Se o Lisca permanecer, acho que é um grande trunfo. Ele está preparando um sistema de jogo, inclusive, diferente do que ele tem para que o América seja um time ainda mais forte.
Obviamente, a pretensão máxima é permanecer. Se conseguir ficar, primeiro que é um fato inédito. Segundo, se acontecer, pela questão financeira, pelos motivos contratuais, o América dá um salto financeiro enorme em relação às cotas de televisão, premiação. Se conseguir a permanência, é título. É o primeiro objetivo. Aí, eventualmente, conseguindo a permanência, se vier junto uma Sul-Americana, é a cereja do bolo. Seria a primeira competição internacional da história do Coelho.
Júnior Brasil
Comentarista da Rádio Itatiaia, de BH
A briga do América é para permanecer na elite e não vai ser fácil. O América não briga na parte de cima da tabela. É uma equipe que pode surpreender positivamente pela organização, pelo trabalho bem feito, pela sequência, pelo conjunto, pelo Lisca - que é um treinador muito competente e antenado para aquilo que está sendo aplicado de moderno no futebol. É um estrategista e tem o grupo na mão. Isso faz toda diferença.
Mas eu não vi contratações que elevaram de forma significativa o patamar da equipe. O América já vem há algum tempo com uma boa estrutura, uma base forte, uma equipe regular, com organização, mas não teve nada surpreendente. Uma grande contratação que transformasse. Está mantendo uma mesma média e é isso que preocupa. Faltam ainda, na minha concepção, duas ou três contratações de peso. Aqueles caras para chamarem a responsabilidade, serem referências, chamarem o jogo para si. Jogadores com perfil de Série A. Com este elenco, o América não vai ter vida fácil.
- Nome do clube: Club Athletico Paranaense
- Posição no último Brasileiro: 9°
- Desempenho no Estadual: 3° (classificado às quartas de final); 11 jogos, 5 vitórias, 1 empate e 5 derrotas - 48,4%)
- Técnico: António Oliveira
- Artilheiro em 2021: Vitinho (3 gols)
- Destaque: Nikão
- Reforços para o Brasileiro: Marcinho, Matheus Babi e David Terans
André Frehse
Repórter na Rádio Banda B, de Curitiba
Acredito que o foco do Athletico seja no G6. No entanto, eu vejo, em desempenho, o Athletico um pouco abaixo em relação a isso. Brigando ali no meio de tabela. Apesar de ser líder do seu grupo na Sul-Americana, o Athletico pegou um grupo muito fraco, de equipes muito inferiores e, mesmo assim, enfrentou problemas para se impor, para ditar o ritmo, construir resultados sólidos, mostrar dinâmicas ofensivas. É um time que não sofreu tanto nos jogos, protege bem sua área. Mas teve problema para controlar as ações, ter um poder ofensivo maior contra equipes inferiores. Será que contra times melhores, mais estruturados, vai conseguir construir seus resultados? O que vem preocupando mais é o desempenho. Em peças, o Athletico tem nomes interessantes.
- Nome do clube: Atlético Clube Goianiense
- Posição no último Brasileiro: 13°
- Desempenho no Estadual: caiu na semifinal (14 jogos, 11 vitórias, 2 empates e 1 derrota - 83,3%)
- Técnico: Eduardo Souza (interino)
- Artilheiro em 2021: Zé Roberto (8 gols)
- Destaques: Fernando Miguel e Marlon Freitas
- Reforços para o Brasileiro: Igor Cariús, Pablo Dyego, André, Matheus Oliveira, Nathan, Victor Paraíba, Fernando Miguel, João Paulo, Arthur Gomes e André Luís
Charlie Pereira
Comentarista da Rádio Sagres 730, de Goiânia
Inicialmente, o objetivo é a permanência. Não cair. E voltar a beliscar uma vaga na Copa Sul-Americana. No mínimo, repetir a campanha que fez no ano passado, que foi a melhor de sua história. O Atlético entende que tem que dar uma ‘encorpada’ na Série A. Permanecer alguns anos para ganhar uma estrutura financeira para brigar, daqui a pouco, por algo mais forte.
Nome do clube: Clube Atlético Mineiro
Posição no último Brasileiro: 3°
Desempenho no Estadual: campeão (15 jogos, 10 vitórias, 3 empates e 2 derrotas - 73,33%)
Técnico: Cuca
Artilheiro em 2021: Hulk (7 gols)
Destaque: Nacho Fernández
Reforços para o Brasileiro: Hulk, Dodô, Nacho Fernández, Cuca e Tchê Tchê
João Vítor Marques
Repórter setorista do Atlético no Superesportes
O Atlético fortaleceu o elenco que brigou pelo título na última temporada com as chegadas de três titulares: Tchê Tchê e Nacho Fernández, no meio-campo, e Hulk, no ataque. Pelo alto investimento e a qualidade do grupo de jogadores, é forte candidato à taça, que não conquista desde 1971. O principal desafio é mesmo o processo de adaptação ao estilo de jogo do técnico Cuca, muito diferente do que era proposto por Jorge Sampaoli. Agora, o time fica menos tempo com a posse, é mais vertical para chegar ao gol adversário e pratica a marcação individual, com longas perseguições em quem está com a bola. Outro ponto de atenção é o número elevado de partidas por diferentes competições. Além do Brasileirão, espera-se que o time vá longe na Libertadores e Copa do Brasil.
Vinicius Grissi
Comentarista da TV Bandeirantes e da Rádio 98, de BH
Claro que é preciso considerar o Atlético um dos candidatos ao título pelo alto investimento feito. É preciso se atentar aos impactos que o clube vai sofrer por conta do calendário apertado pela pandemia e da realização da Copa América e Olimpíada, que devem desfalcar o time por um bom período na competição. Pelo perfil do elenco e do técnico, creio que em algum momento o Campeonato Brasileiro pode ser deixado parcialmente de lado em detrimento das competições de mata-mata, tiro mais curto para os títulos desejados pela torcida e diretoria. Ainda assim, tem elenco suficiente para se manter na briga da competição nacional até o fim. Embora não coloque o Galo como o principal favorito ao título, creio que não ficar entre os quatro primeiros colocados seria uma decepção.
- Nome do clube: Esporte Clube Bahia
- Posição no último Brasileiro: 14°
- Desempenho no Estadual: 3° (caiu na semifinal); 10 jogos, 5 vitórias, 3 empates e 3 derrotas - 60%
- Técnico: Dado Cavalcanti
- Artilheiro em 2021: Gilberto (10 gols)
- Destaque: Rodriguinho
- Reforços para o Brasileiro: Pablo, Jonas, Germán Conti, Matheus Bahia, Matheus Galdezani, Luiz Otávio, Oscar Ruiz, Thaciano, Lucas Araújo, Thonny Anderson e Maycon Douglas
Marcos Valença
Repórter da Rádio Sociedade, de Salvador
O Bahia entra no Brasileiro brigando para estar entre os dez primeiros, mas busca, pelo menos, brigar por uma vaga na pré-libertadores. Também quer terminar à frente dos clubes nordestinos. Um dos motivos é a conquista da Copa do Nordeste e uma previsão orçamentária superior a dos rivais. O outro motivo é tentar figurar entre os 10 primeiros da Série A e terminar como a melhor campanha, em termos de colocação, nesse formato da competição.