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América: Lisca pode iniciar Série A como técnico mais longevo; veja ranking

Há mais de um ano no América, Lisca conduz o terceiro trabalho mais longevo de sua carreira profissional

postado em 17/02/2021 18:00 / atualizado em 18/02/2021 14:09

(Foto: Marina Almeida/América)

O técnico Lisca, do América, pode iniciar a disputa da Série A do Campeonato Brasileiro de 2021 com o trabalho mais longevo da elite nacional. Isso porque existe grande possibilidade de que Renato Gaúcho, especulado no Atlético, não siga no Grêmio. Na sequência desta matéria, veja o ranking de duração dos projetos da próxima Primeira Divisão.

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*Botafogo e Coritiba, já rebaixados à Série B, não integram o ranking do Superesportes

Lisca, que comanda o América desde 30 de janeiro de 2020, faz história no clube mineiro. O trabalho é o terceiro mais longo da carreira do treinador, e foi coroado com duas excelentes campanhas: na Copa do Brasil, em que foi semifinalista, e na última edição da Série B, em que se sagrou vice-campeão.

 

Até então, os projetos de maior duração comandados por Lisca ocorreram no Juventude (entre 2012 e 2013, um ano e três meses), e no Porto Alegre (entre 2009 e 2010). 


O gaúcho de 48 anos 'driblou' o estereótipo de 'doido' e se firmou com um dos melhores trabalhos da temporada 2020/21 no futebol brasileiro. Com respaldo da diretoria americana, Lisca renovou seu contrato com o clube mineiro até dezembro de 2021.

Números de Lisca no América


  • Jogos: 60
  • Vitórias: 30
  • Empates: 21
  • Derrotas: 9
  • Gols pró: 70
  • Gols contra: 41

Confiança da diretoria


Marcus Salum, presidente do América até 28 de fevereiro, afirmou, em entrevista exclusiva ao Superesportes, que a permanência do Coelho na Série A passa, entre outros fatores, pela continuidade do trabalho de Lisca. O dirigente espera que o projeto com o treinador não seja interrompido.

“Eu acho que o América errou pouco em 2018, mas o grande problema da Série A é você vir com um trabalho organizado, de um ano anterior, com um treinador, e no meio do caminho você ter que mudar de treinador. Eu espero que o mercado ou o próprio América tenha a tranquilidade de achar o caminho com o Lisca. Quando eu falo mercado, é dele não receber nenhuma proposta no meio do caminho, que aconteceu em 2018. Nós tivemos que bater cabeça”, disse.

“Precisa, se Deus quiser, não perder o Lisca - nem por proposta e nem por problemas internos. Porque o trabalho em continuidade te leva a ter um resultado melhor”, completou.



Conselho e renovação


Ainda em entrevista ao Superesportes, Marcus Salum revelou conselho dado ao treinador gaúcho. O mandatário também disse não ter se surpreendido com sua escolha pela renovação, já que o América é um clube livre de 'turbulências' que assolam outros do Brasil.

“Por que eu acho que ele tem essa gratidão grande? Fora essa afinidade, a forma de trabalhar que nós tivemos. Eu falei com ele: 'Lisca, vou te dar minha opinião sobre a sua carreira. Se você não fizer um trabalho inteiro, do início, e parar de apagar incêndio, a sua carreira vai ficar toda focada nisso, e você não vai se formar como um grande profissional - que eu sei que você é. No América, você não vai ser o 'Lisca Doido'. Para mim, você não é esse. Você é o Lisca profissional, correto, que trabalha bem'. Isso foi o grande diferencial da nossa relação. Ele percebeu a mudança de estágio que ele teve fazendo os bons trabalhos que ele fazia, de uma forma como 'bombeiro'. Ele percebeu que isso precisava acontecer”, revelou Salum.



“Por que eu não me surpreendi que ele ficou aqui? O Lisca é acima da média de compreensão, de estudo, de preparo, do que a maioria do mercado de futebol. Ele é acima da média. Um cara preparado, que lê, que estuda. Inteligente. E o Lisca sabe que ele precisa de um trabalho organizado, onde ele esteja adaptado para que o resultado aconteça. Não adianta ele sair do América e ir para um clube que esteja em turbulência, cheio de problemas, para fazer um trabalho da forma que ele faz aqui. Ele quer fazer um trabalho do jeito dele. Por quê? O Lisca é um perfeccionista. Eu vi poucos treinadores na minha carreira de dirigente com a qualidade técnica dentro e fora de campo do Lisca. Vi poucos. Eles falam que a inteligência e a loucura andam perto (risos). É meio por aí. Ele é muito inteligente, muito preparado. É um treinador de estratégia, que valoriza quem está em torno dele. A nossa equipe gosta de trabalhar com ele porque ele sabe valorizar a equipe. Todos que estão lá com ele”. 

“Eu fico muito orgulhoso de ter feito a participação nessa mudança da carreira do Lisca. O Lisca hoje é um técnico dos mais respeitados no Brasil. Ele virou para mim e falou: 'Salum, eu só saio se for para um top-top do futebol brasileiro. Se não for o top-top, eu prefiro fazer o trabalho com a qualidade que o América me dá. Eu tenho qualidade de vida que eu não tenho em outro lugar. Trabalho da forma que eu quero, com pessoas que eu não preciso ficar preocupado que alguma coisa vai acontecer naquele treino da meia-noite'. Esse é o grande diferencial”, finalizou Salum ao Superesportes.

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