Perguntado se poderia reatar com o Grêmio após o desligamento da comissão técnica de Felipão, o jogador refutou a ideia. “É uma coisa que eu nem pensei que fosse acontecer. É algo que não passa pela minha cabeça”, disse em entrevista ao SporTV. “Entrei com uma ação contra o Grêmio e tenho a liminar para poder atuar em outro lugar. Tinha a imagem e os salários atrasados, e tive que entrar contra o clube para cobrar isso aí”, esclareceu.
Depois que deixou o Vasco para voltar ao Grêmio, em 2014, Kléber já foi avisado pela diretoria que deveria treinar separado, já que a essa altura, Luiz Felipe Scolari já comandava o Tricolor gaúcho. Esse, inclusive, foi o principal motivo para a ação judicial, fora os atrasos no pagamento. “O que fez eu entrar na Justiça foi a situação de não jogar por ordem do treinador, além de não receber. Fiquei afastado até o momento que não deu mais. Sem jogar e sem receber poderia estar prejudicando meu futuro”, comentou à mesma emissora.
Conhecido pelo gênio intempestivo, Kléber, apelidado de “Gladiador” pelos torcedores nos tempos de Palmeiras, revelou que o desentendimento com Felipão sempre esteve pautado na divergência de opiniões. “O Felipão é ícone no Palmeiras e no Grêmio, e todo elenco sempre teve consciência disso. O que ele falava era meio que lei. Não consegui concordar com algumas referências dele, nem com algumas ações. Os desentendimentos voltaram a acontecer no Grêmio”, contou o atacante, que reprovou as críticas de Felipão com relação ao elenco.
Ao falar sobre perspectivas futuras, o jogador admitiu que quer dar prioridade aos filhos nesta fase da carreira, após submetê-los a viagens e deslocamentos grandes por conta de negociações no mundo da bola. “Não tem nada certo com ninguém. Chegaram algumas situações, e estamos conversando para tomarmos a decisão certa. Estou pensando muito nos meus filhos, é algo que vai pesar na decisão. Quero estar perto deles”, disse o atacante, que diz estar treinando forte em São Paulo.