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CRUZEIRO

Balanço financeiro do Cruzeiro revela superávit de R$ 30,5 milhões em 2017

Maior receita foi a TV, que atingiu repasse de R$ 177,1 milhões

postado em 26/04/2018 19:37 / atualizado em 27/04/2018 01:31

<i>(Foto: Superesportes)</i>
Após seis anos consecutivos com déficit em suas finanças, o Cruzeiro apresentou superávit em 2017. O balanço do ano passado, que encerrou a gestão do presidente Gilvan Pinho Tavares, registrou lucro de R$ 30.549.615,31. A última temporada encerrada com números positivos havia sido 2010, com R$ 1,1 milhão de saldo.

Em 2016, por exemplo, o Cruzeiro fechou o ano com prejuízo de R$ 29,3 milhões. O acumulado negativo entre 2011 e 2016 foi de R$ 160,7 milhões. No período, o maior déficit foi em 2014 (R$ 38,7 milhões), seguido pelo exercício 2012 (R$ 31 milhões).

No ano passado, o Cruzeiro teve receitas operacionais de R$ 344,3 milhões, contra R$ 238,3 milhões de 2016. A principal fonte foi a televisão. O clube arrecadou R$ 177,1 milhões com direitos de transmissão e publicidade, R$ 46,2 milhões a mais que na temporada anterior.


Outras fontes de receitas relevantes foram bilheteria, sócio do futebol e premiações. Em 2016, o Cruzeiro faturou R$ 31,3 milhões com esses três segmentos. No ano passado, o montante chegou a R$ 38,7 milhões.

A terceira maior arrecadação em 2017 foi advinda da venda ou cessão temporária de atletas profissionais: R$ 35,1 milhões. Em 2016, o valor chegou a R$ 28,4 milhões.

Em relação às receitas oriundas de patrocínios e royalties, o Cruzeiro teve uma pequena redução em 2017 em relação a 2016: R$ 26,7 milhões a R$ 26,3 milhões.

Por sua vez, os gastos com departamento de futebol aumentaram 13,8% em 2017 se comparados ao ano anterior. Saltou de R$ 193,1 milhões para R$ 219,8 milhões, diferença de R$ 26,7 milhões.

Os gastos com pessoal no departamento de futebol profissional foram de R$ 148,5 milhões, média de R$ 11,4 milhões por mês, considerando também o pagamento do 13º salário. Esse valor foi pouco menor ao de 2016: R$ 148,5 milhões.

Ainda quanto ao futebol profissional, a queda mais considerável foi relativa à aquisição de atletas. Se em 2016 o clube abriu os cofres e investiu R$ 48,3 milhões em jogadores, no ano passado o desembolso foi de R$ 10,2 milhões.

O investimento em formação de atletas na temporada passada foi de R$ 18,1 milhões, contra R$ 20,3 milhões em 2016.

O balanço fiscal foi entregue pela auditoria independente ao Conselho Fiscal no dia 3 de abril e aprovado no dia 10, conforme adiantou ao Superesportes, na quarta-feira, o ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares. Apesar disso, os conselheiros não tiveram acesso aos documentos para apreciação. De acordo com o ex-mandatário, a distribuição cabia ao presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella, que não tomou as providências necessárias.

Por conta desse atraso, o balanço financeiro de 2017 será publicado oficialmente nesta sexta-feira e sem a aprovação ou reprovação dos conselheiros, algo inédito na história do Cruzeiro. O prazo final para a publicação do documento é o dia 30 de abril.

Nos próximos dias, o Superesportes publicará uma análise mais detalhada do balanço, incluindo dívidas totais do Cruzeiro.

A seguir, confira alguns números das demonstrações contábeis do Cruzeiro em 2017:

Superávit
R$ 30.549.615,31

Comparativos, em milhões

Total das receitas operacionais
2016: 238,3
2017: 344,3

Bilheteria/premiação/sócio 
2016: 31,3
2017: 38,7

Direitos de transmissão 
2016: 130,9
2017: 177,1

Patrocínios / Royalties 
2016: 26,7
2017: 26,3

Direitos econômicos/cessão temporária 
2016: 28,4
2017: 35,1

Custos com futebol profissional 
2016: 193,1
2017: 219,8

Gastos com pessoal no departamento de futebol 
2016: 149,2
2017: 148,5 
 
Gastos com futebol 2016
10,2 
43

Aquisição de atletas profissionais 
2016: 48,3
2017: 10,2

Gastos com formação de atletas 
2016: 20,3
2017: 18,1

Gastos com pessoal área social e esportes amadores 
2016: 15,4 
2017: 14,1 

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