O ambiente no Leão do Bonfim não poderia estar melhor. Barroso fez questão de preparar o time exatamente no horário em que será o jogo para que todos saibam como estará a iluminação. “Agradou”, adiantou o goleiro Thiago Braga, revelado pelo Cruzeiro. No grupo é marcante a presença de dois jogadores que o torcedor mineiro conhece bem: o volante Cléber Monteiro, que começou na Raposa e jogou nove anos na Europa (principalmente no futebol português, pelo Nacional, da Ilha da Madeira) e o armador Tchô, revelado pelo Atlético e que era uma das maiores promessas, pela qualidade técnica. Ficou três anos no Marítimo, de Portugal, voltou ano passado ao Brasil, para o Bragantino (SP), até acertar com o Villa.
“Estamos fazendo um belo campeonato porque aqui há comprometimento. É exatamente isso. Todos marcam, são solidários, correm e estamos com posições bem esclarecidas na cabeça. Queremos chegar às semifinais. E vamos. Esperem”, avisou Tchô. Para ele, o que faltou nos tempos de Atlético foi uma sequência: “Naquele período a cobrança era muito grande, mas tenho tempo ainda para crescer, e vou”. Ele quer marcar seu nome no Estadual e, a partir de junho, esperar uma chance em uma grande equipe brasileira: “Vai dar certo”.
TRABALHO Cléber Monteiro diz que o segredo do Villa Nova é o trabalho, o empenho de todos e a humildade: “Começamos apenas como mais um time e hoje todos sabem o que desejamos”. Ele e Tchô ajudam os mais jovens e são mensageiros de Barroso em campo. “Assim fica fácil e bom de trabalhar”, afirma o volante. Mas Barroso também tem sua dinâmica: “Entendo que é a boa gestão de pessoas, envolvendo os 29 jogadores e a comissão técnica”. Ele tem 19 anos de experiência e sabe o que quer: colocar o Villa entre os quatro. “A caminhada é longa. Principalmente quando se tem ainda pela frente um Cruzeiro, no sábado. É um jogo que será marcante, mas se vencermos, e podemos, além dos três pontos (o time chegará aos 18), todos vão saber que o Villa chegou.” Restará apenas mais um resultado positivo para matematicamente estar entre os quatro.
Barroso começou seu trabalho no Leão em dezembro. Praticamente todo o grupo é formado por jogadores que ele conhece bem: “Também é um fato que faz a diferença, porque indiquei quase todo o grupo”. Ele entrou no lugar de Reinaldo e pode-se dizer que comeu o pão que o diabo amassou, a começar pela pré-temporada, com treinos em campos sem gramados adequados. “Mas por essas e outras é que este trabalho tem valor. Não chegamos a nada, mas podemos muito”, espera.