“A expectativa está boa. Estamos trabalhando bastante na pré-temporada. Vamos buscar o nosso objetivo a cada partida, sempre somar pontos para conquistar a classificação. O grupo almeja terminar a primeira fase entre os quatro primeiros. Sobre a missão de liderança, é interessante. Posso ensinar, mas também vou aprender com os jogadores mais jovens. Fazendo uma junção entre garotos e experientes, tenho certeza que podemos fazer um bom campeonato”, diz Diego em entrevista ao Superesportes.
Há pouco mais de uma década, Diego Clementino despontava na base do Cruzeiro. Surgia em 2003, ainda “menino”. Naquela equipe que viria a ser campeã da Tríplice Coroa e tinha à disposição renomados jogadores, dificilmente o atacante de 18 anos teria chances. Ainda assim, marcou um gol em três partidas. Depois de empréstimos a Nacional-POR e Paulista de Jundiaí, Diego voltou à Raposa em 2005 e alcançou números consideráveis – anotou nove tentos no Brasileirão e quatro na Copa Sul-Americana.
“Foi uma passagem boa. Eu sempre quis jogar no profissional do Cruzeiro, pois passei muito tempo na base. Sempre tive esse sonho. Graças a Deus consegui realizar. E agradeço muito ao Cruzeiro por me formar como profissional. Das vezes que tive oportunidades, demonstrei vontade de ajudar o Cruzeiro. Fui muito feliz”, relembra o atacante.
Na sua passagem pelo Cruzeiro, Diego Clementino recebeu apelidos curiosos: “Serelepe” e “Moleque Travesso”. O primeiro foi de autoria do narrador esportivo Alberto Rodrigues, da Rádio Itatiaia. O segundo creditado a Serginho, representante do clube celeste na bancada democrática do programa Alterosa Esporte, da TV Alterosa. Com muito bom humor, Diego comenta como encarava na época as duas alcunhas.
“Tinham dois apelidos: Serelepe e Moleque Travesso. Moleque Travesso até que vai, mas Serelepe... (risos). Ah, cara, sei lá. Serelepe foi quando eu tinha 20 anos. Era muito novo. Acho que agora não cabe mais”, brinca. “Na época eu não escutava tanto o rádio. Fui saber mais disso quando estava para sair do Cruzeiro. Agora na Alterosa, que eu assistia mais, via o Serginho falando Moleque Travesso. Além disso, a torcida do Cruzeiro me incentivou uma vez no Mineirão gritando “Moleque Travesso”. Gostava mais desse apelido”, explica Clementino.
Sequência da carreira
Depois que deixou o Cruzeiro, Diego Clementino passou por Ipatinga, Botafogo, Saba Qom-IRN, América, Grêmio, Red Bull Brasil-SP, ABC, Rio Verde-GO, CSA, ASA, CRB e agora Villa Nova. Contando as agremiações anteriores, são nada menos que 17 clubes. Número significativo para um atleta de 30 anos. Entre idas e vindas, o jogador destaca a passagem pelo Grêmio como a de mais destaque na carreira. Na ocasião, ele seguiu para o clube gaúcho depois de ficar apenas dois meses no Coelho.
“Cheguei ao América e quando comecei a me condicionar fisicamente, recebi a proposta do Grêmio. Então acabei indo”, conta. “Tinha uma multa. O pessoal do América queria que eu ficasse para a Série B. Depois receberia meu passe nas mãos e poderia ir para o Grêmio. Expliquei ao clube que era a oportunidade da minha vida. Que se o Grêmio pagasse a multa, eu iria para lá. Mas tudo aconteceu na boa. O América entendeu. Na época quem era o diretor era o Alexandre Mattos. No Grêmio eu consegui a melhor passagem por uma equipe profissional. Os torcedores me apoiavam bastante, me incentivavam muito”, acrescenta Diego, que na condição de suplente pelo Grêmio marcou cinco gols em 11 jogos no Brasileiro de 2010.
Hoje no Villa Nova, Diego faz planos para a sequência da carreira. O primeiro é fazer um excelente Campeonato Mineiro e levar o Leão no mínimo à Série D do Campeonato Brasileiro. O segundo passa por um acerto com alguma equipe da Primeira ou Segunda Divisão Nacional no segundo semestre.
“Pretendo fazer um bom Campeonato Mineiro com o Villa Nova. Se eu me sair bem, tenho certeza que aparecerão propostas melhores. Meu objetivo é esse. Depois, ir para uma equipe de maior expressão. América, Galo, Cruzeiro e outras grandes equipes do Brasil que podem abrir as portas também. Acho que tudo depende de cada partida boa que você fizer. Se acontecer, as coisas fluem normalmente. Não só para mim, mas para outros jogadores também”, finaliza o atacante.