Interior

Caldense aposta no equilíbrio para surpreender

Técnico Leo Condé garante que Caldense não jogará retrancada no Mineirão

Leonardo Condé: "Nosso time tem uma saída muito rápida. Não podemos ficar só na marcação"



Zulmira Furbino


O último treino da Caldense, que enfrenta o Atlético neste domingo, no Mineirão, no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, foi marcado pela descontração dos jogadores. O que se viu na Toca da Raposa II2, centro de treinamento do Cruzeiro, foi um time consciente das dificuldades que vai enfrentar. A equipe está confiante, apesar da ausência do lateral-direito Jefferson Feijão, afastado por causa de uma lesão na coxa direita. Ele nem veio a Belo Horizonte. Feijão será substituído por Andrezinho ou Marcelinho.

A boa notícia foi a volta de Plínio, que estava suspenso desde a última partida com o Tombense. O time de Poços de Caldas se prepara para uma partida difícil, mas não pensa em jogar somente na defesa para garantir os empates que o levariam a conquistar a taça. O técnico Leo Condé, de 37 anos, sabe que sua equipe vai enfrentar um time diferente do que encontrou em Poços de Caldas. Mas, de acordo com ele, a Caldense também mudou e evoluiu de lá para cá, ganhando experiência. “Vai ser uma partida difícil. O Atlético jogando no Mineirão é muito forte”, reconhece.

A estratégia de jogo, segundo ele, será equilibrar ataque e defesa. “Nosso time tem uma saída muito rápida. Não podemos ficar só na marcação. Vamos ter de buscar a posse de bola e circular o jogo”, explica Condé, que trabalhou com Levir Culpi, o técnico do Atlético, entre 2006 e 2007, de quem é admirador declarado. “Tive a oportunidade de trabalhar com o Levir. Sou um admirador da maneira como ele conduz o dia a dia. É um comando equilibrado, muito interessante. Mas eu também tenho a minha maneira de trabalhar e de pensar o futebol. Suguei bastante coisa do Levir e hoje ponho isso em prática no meu trabalho”, afirma.

PRATTO


Um dos principais desafios a serem enfrentados pela Caldense é parar o centroavante argentino Lucas Pratto, que marcou dois gols na virada do Galo contra o Cruzeiro, que eliminou o rival. “É complicado parar um centroavante de extrema qualidade, que conhece muito bem a área e, quando sai, consegue fazer bem o trabalho de abrir a defesa do adversário. A gente alertou o nosso setor defensivo para jogar lado a lado e diminuir os espaços”, disse Condé. Mesmo assim, no olhar de cada jogador, o que se vê é a busca do título. É o o que sustenta o goleiro Rodrigo, principal responsável pela melhor defesa do campeonato.

De acordo com ele, os jogadores da Caldense buscarão o melhor resultado contra o Galo. “Se o título vier com o empate, que seja assim. Mas chegamos à final buscando a vitória, e agora não vai ser diferente”, afirma. Os jogadores estão tranquilos, concentrados, esperando pelo momento único que é a final do campeonato com o Atlético. Para Marcelinho, é impossível deixar de sentir a importância de um momento como esse, quando uma equipe do interior chega à final de um campeonato contra o Atlético, no Mineirão. Na opinião dele, enfrentar o Atlético seria difícil em qualquer circunstância. É complicado porque é um time que conseguiu reverter os resultados contra Corinthians e Flamengo quando todos davam os jogos como perdidos. A estratégia para o jogo de hoje, segundo ele, é marcar forte e, ao mesmo tempo, partir para o jogo. “Não dá para ficar só na marcação”, avalia.