Interior

Poços de Caldas se colore de verde e branco antes da grande decisão do Campeonato Mineiro

No Dia do Trabalhador, torcedores compraram últimos ingressos e vestiram cidade com as cores da Veterana, que busca, diante do Galo, o seu segundo título mineiro

Landercy Hemerson

Ambulantes de Belo Horizonte invadiram Poços de Caldas para faturar com a empolgação da torcida verde

Moradores de Poços de Caldas colorem a cidade de verde e branco em apoio à Caldense, que tentará o bicampeonato mineiro neste domingo, diante do Atlético, em Varginha. Quem chega à cidade pela Avenida Wenceslau Braz se depara com uma bandeira alviverde na banca de frutas do senhor João, que fica a poucos metros do Ninho do Periquito, centro de treinamento da Veterana. "Um amigo trouxe a bandeira e colocamos aqui para expressar nossa força e paixão pela Caldense", disse o comerciante João Batista de Oliveira, de 60 anos, que há 16 anos faz ponto no local.


Paixão não faltou também aos torcedores que, mesmo sendo feriado, foram à sede do time comprar os 450 ingressos restantes de R$ 70,00. O bilheteiro Ricardo Vieira dos Santos conta que foi um dia fraco em vista da procura no começo da semana, quando foram colocados à venda 5 mil ingressos para a torcida da Veterana. "Sobraram 150, mas é para quem paga meia-entrada".

Magda Guanaes (d) comprou bandeira e camisa para o filho Rafael acompanhar a decisão em Varginha

A empolgação é vista também na Praça Fonte das Flores, perto da sede da Caldense, onde ambulantes espalharam camisas e bandeiras do clube em varais. "Vim comprar três camisas para mim e meus dois filhos, de 6 e 14 anos, pois vamos para Varginha torcer de perto. Meu marido já tem uma camisa e vamos encontrar com meus parentes que moram na cidade. Será uma torcida menor, mas com muito mais energia", afirmou a administradora Magda Guanaes, de 43. O filho mais novo, Rafael, quis mais que a camisa e pediu uma bandeira. "Vou torcer muito pela Caldense", garantiu.

Figura presente nos jogos do Atlético no Independência, o vendedor ambulante José Carlos Sabino, de 47, trocou o preto e branco pelo verde. "Vim trabalhar e nunca vi uma torcida tão empolgada. Em sete horas vendi 80 camisas, um recorde. Sou atleticano de coração, mas não vou ficar triste se esse título for para a Caldense. Será merecido. O importante é que o melhor da capital vai continuar sendo o galão da massa", disparou.

Fotos de Paulo Filgueiras/EM/D. A Press