O futebol em Belo Horizonte não será afetado pelas medidas restritivas anunciadas nesta quarta-feira pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD). O comércio não-essencial voltará a fechar a partir de segunda-feira (11/1), devido ao aumento dos casos da COVID-19 na capital.
De acordo com Unaí Tupinambás e Carlos Starling, médicos que integram o comitê de enfrentamento ao coronavírus da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o tema foi pauta da reunião que decidiu pelas novas medidas. No entanto, por ter uma lógica própria, com protocolos bem definidos, o futebol poderá seguir sendo praticado por Atlético, América e Cruzeiro na cidade.
“(O futebol) Não será afetado. Isso foi pauta da nossa reunião, mas entendemos que, por ter um protocolo específico, ser realizado sem a presença de público, o futebol poderá seguir”, afirmou Starling. “O que tivemos até aqui foram surtos dentro dos clubes. Não está comprovada nenhuma transmissão entre jogadores durante as partidas”, completou.
Com a autorização da PBH mantida, os clubes poderão seguir mandando seus jogos no Independência e no Mineirão. O Cruzeiro também poderá manter a rotina de treinamentos na Toca da Raposa II, único CT da capital.
Até aqui, o clube mineiro que mais registrou casos da COVID-19 foi o Atlético, que viveu surto da doença em novembro. Ao todo, foram 33 pessoas contaminadas - entre jogadores, dirigentes e integrantes das comissões técnicas.
A taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com COVID-19 bateu novo recorde em Belo Horizonte nesta quarta-feira: 86,1%. Esse é o terceiro dia consecutivo que o indicador bateu recorde, tendo registrado 83,5% no boletim epidemiológico e assistencial anterior, divulgado nessa terça.
