No mês de janeiro, quatro pessoas morreram em decorrência de confrontos entre manifestantes e policiais em Santiago. O clima é pesado na cidade e os dirigentes do Inter temem pela segurança da delegação. O clube recebeu da Conmebol a informação de que a partida está mantida, ao menos por enquanto.
"Estamos monitorando a situação, como vocês têm acompanhado. Estamos em contato permanente com a Conmebol, e há uma validação de que a partida está mantida. A gente aguarda. Nossa logística está montada e, a princípio, o jogo está mantido. A gente espera que tenha segurança e condições de jogo", disse Alessandro Barcellos, vice-presidente de futebol do Inter, depois do empate por 0 a 0 com o Ypiranga, na noite de sábado, em Erechim, pelo Campeonato Gaúcho.
O jogo de terça-feira pode ser considerado de alto risco também por outro fator: vários dos confrontos ocorridos em Santiago têm envolvido integrantes de torcidas organizadas dos principais clubes chilenos, entre eles a Universidad de Chile. Não será surpresa, portanto, se o ambiente no estádio estiver explosivo.
O técnico Eduardo Coudet também está muito preocupado com a segurança do Inter em sua passagem por Santiago. O argentino, porém, não acredita que os problemas vividos pelos chilenos vão ter alguma influência dentro do campo - isso, é claro, se a partida for realmente disputada.
"É uma situação difícil que está vivendo o Chile. Tomara que melhore a situação e que a gente possa jogar a partida. Jogar fora de casa é sempre complicado, eu acho que essa situação não deixa o jogo mais difícil."
No sábado, Coudet escalou uma equipe reserva contra o Ypiranga, poupando seus principais jogadores para a partida de Santiago. O duelo de volta está marcado para o dia 11, no Beira-Rio. Caso passe pelo time chileno, o Inter terá de enfrentar mais uma fase eliminatória, desta vez contra o vencedor do confronto entre Macará (Equador) e Tolima (Colômbia), para chegar à fase de grupos da Libertadores.