Superesportes

JUSTIÇA

Goleiro Bruno recebe autorização da Justiça para trabalhar fora da cadeia

Atleta poderá deixar presídio em Varginha para dar aulas de futebol

Redação
Graças ao bom comportamento, Bruno poderá deixar presídio, em Varginha, para trabalho externo - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A PressCumprindo pena como réu em Varginha pelo assassinato de Eliza Samudio, o goleiro Bruno Fernandes foi autorizado pela Justiça a trabalhar fora da prisão. A decisão da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais permite ao condenado realizar atividades no Núcleo de Capacitação para a Paz (NUCAP), na cidade do Sul de Minas, entidade voltada para inclusão social e reassocialização de presos. Ele dará aulas de futebol, de segunda a sexta, para crianças e adolescentes assistidos pela instituição.

De acordo com a decisão da Justiça, Bruno não poderá ter acesso á área externa do núcleo ou a pessoas estranhas à entidade, a não ser no caso de familiares. O goleiro sairá do presídio direto para a instituição onde realizará atividades, sem qualquer contato externo. Os dias de trabalho serão controlados em folha de frequência e serão usados para diminuir a pena do condenado. 

O NUCAP recebe egressos do sistema prisional para reinserção social e recuperação dos condenados. Cerca de 60 crianças são atendidas pela instituição, tendo direito a alimentação e reforço escolar. Eles também participam de atividades esportivas como futebol e natação, além de tratamento psicológico e assistência social. A decisão que permite a Bruno trabalhar externamente foi justificada pelo ‘bom comportamento e por não apresentar alteração psicopatológica. “O reeducando deve se inserir em atividades laborativas com o fito de recuperação de sua dignidade”, destaca o documento da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais.

Bruno estava preso na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), em Santa Luzia, na Grande BH, e conseguiu habeas corpus, em fevereiro deste ano, para deixar a prisão. Liberado pela Justiça, ele firmou contrato com o Boa Esporte por duas temporadas. O goleiro disputou cinco partidas pelo clube de Varginha, pelo Hexagonal Final do Módulo II do Campeonato Mineiro, com duas vitórias, dois empates e uma derrota – ele foi vazado quatro vezes. 

Em abril passado, os ministros do Superior Tribunal Federal, em Brasília, por 3 votos a 1, revogaram a soltura e o goleiro teve que retornar à prisão. Desde então, ele cumpre pena no presídio em Varginha, enquanto aguarda o julgamento do recurso contra a condenação, em setembro.