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Após classificação e folga, Náutico volta aos trabalhos focando na maratona de jogos

Alvirrubro disputará três partidas em um espaço de apenas cinco dias

postado em 15/01/2018 08:34 / atualizado em 15/01/2018 09:36

Ricardo Fernandes/DP
O Náutico sabia da importância de garantir a vaga na fase de grupos da Copa do Nordeste. Após eliminar o Itabaiana nos pênaltis no último sábado, o Timbu definiu seu calendário no primeiro semestre, além de ter um importante aporte financeiro de mais R$ 500 mil - já havia garantido R$ 250 mil pela participação na fase pré-Nordestão. Agora, é suportar a correria. Com o início da disputa do Campeonato Pernambucano, que tem uma agenda de jogos bastante apertada, o Alvirrubro terá uma maratona pela frente, com curtos intervalos entre as partidas. 

A estreia na Copa do Nordeste será na quarta-feira, às 19h, contra o Altos-PI, na Arena de Pernambuco. Dois dias depois, na sexta-feira, o Náutico estará de volta ao mesmo estádio, agora para o primeiro jogo no Estadual, diante do América, às 20h. Mais dois dias e novo encontro pelo Pernambucano, domingo, em Caruaru, com o Central. Na sequência, o primeiro clássico do ano, em casa, contra o Sport. 

A correria já era prevista, pois a maior parte do calendário aperto se deve ao Pernambucano. Para o técnico Roberto Fernandes, a maratona terá o seu preço. Com um elenco em formação, o tempo para treinar fará falta. Ele prevê dificuldades, por isso, desde já, pede compressão à torcida. “Toda evolução de uma equipe passa por treino. Agora, vou jogar na quarta, depois na sexta e no domingo, em Caruaru. Na outra quarta, já faço o primeiro clássico da temporada. E eu não vou ter treino”, ressaltou o treinador. 

Assim, Roberto Fernandes diz que a evolução do Náutico vai depender muito da individualidade de cada jogador. “O torcedor tem que entender que nossos treinos serão os jogos. Ou seja, ‘treinos’ que valem três pontos, de um clube tradicional, de camisa pesada, que está há um bom tempo sem títulos. Os erros vão aparecer a olho nu para todo mundo. Por isso, precisamos de paciência e compressão, para que não haja tanta injustiça. Não se pode fazer uma avaliação tão precipitada”, pediu o técnico. 

Um dos líderes do grupo do Náutico, o volante Hygor ressaltou o sacrifício que o grupo tem feito e o desgaste causado pela pressão sofrida até agora. Ele sabe, porém, que é só o começo e isso será com o que terá que lidar durante a temporada. “Se a torcida soubesse o quanto é sacrificante para a gente fazer esses dois jogos em menos de uma semana. Tivemos um mês desde a apresentação e não fizemos nenhum jogo-treino de 90 minutos. O desgaste é muito grande. A gente precisa estar 100% sempre em campo. Quarta-feira já tem jogo. A equipe está um pouco desgastada, mas empenho não pode faltar nunca”, afirmou o jogador.