“Ainda que tivéssemos um Super-homem ou Batman da vida, eles não aguentariam o calendário brasileiro”, apostou o camisa 11, enxergando a criação da Primeira Liga, envolvendo times do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, do Paraná e de Santa Catarina, como uma desvantagem maior para os atletas.
“Falo com amigos meus que jogam no Grêmio e a vida deles parece vida de caminhoneiro: ficam mais tempo fora do que em casaUm dos filhos até chama um deles de tio em vez de pai porque só o vê de vez em quando”, relatou Zé Roberto, que decidiu se aposentar para, justamente, estar mais próximo da família.
“Com certeza eu poderia jogar até os 50 anos, porque sempre me cuideiMas o calendário do futebol brasileiro, não olhando para o lado do atleta profissional e só para outros benefícios, fez eu decidir jogar somente mais este ano”, prosseguiu o veterano, sem grandes preocupações físicas.
O Palmeiras analisa o desgaste de seus jogadores e, por isso, Zé Roberto já foi poupado na semana passada, diante do São Bento, pelo Campeonato PaulistaTudo para evitar lesões“No início da pré-temporada, tive uma conversa muito clara com a comissão técnica que, perante o calendário, não será possível jogar todos os jogosAté porque não sou máquina”, falou o atleta, ressaltando, porém, seu condicionamento.
“A minha condição física me surpreende a cada diaNunca imaginei que chegaria aos 41 anos, prestes a fazer 42 em julho, jogando em alto nívelMas é claro que me preparei para isso, desde quando era novo e tomei conhecimento de que o corpo é meu instrumento de trabalhoA nossa vida é feita de escolhas e tracei metas