A bola começou a rolar para os donos dos últimos quatro títulos do Brasileirão (Corinthians, em 2015 e em 2017, e Palmeiras, em 2016 e em 2018) em um horário pouco usual para clássicos: às 19 horas de domingo. Como jogou na última quinta-feira pela Copa Sul-Americana, às 21h30, o time alvinegro não podia voltar a atuar com um intervalo menor que 72 horas.
Já o Palmeiras chegou para o confronto pressionado. Nem mesmo a goleada por 4 a 0 sobre o Godoy Cruz e a classificação às quartas de final da Copa Libertadores acalmou os ânimos da torcida. No sábado, membros da principal organizada fizeram um protesto na Academia de Futebol, onde a equipe treinava, exigindo uma vitória no clássico. O principal alvo foi o técnico Felipão.
O jogo
Dentro de campo, um roteiro já conhecido pelos torcedores das duas equipes dos últimos confrontos se repetiu. O Palmeiras começou dominando todas as ações nos 10 primeiros minutos e exigiu pelo menos uma boa defesa de Cássio.
Com a vantagem no marcador, o Corinthians começou a jogar no melhor estilo Fábio Carille. Duas linhas bem fechadas na defesa e apenas um atacante isolado no ataque. Seguro atrás, o time alvinegro ainda conseguiu assustar algumas vezes no primeiro tempo em contra-ataques e nas bolas paradas, especialidade do equatoriano Sornoza.
Visivelmente irritados, principalmente com a grande quantidade de faltas marcadas pelo árbitro gaúcho Anderson Daronco, os palmeirenses não conseguiam se organizar para atacar, mesmo com mais tempo de posse de bola. Com Henrique Dourado e Borja no departamento médico, Deyverson foi escalado como centroavante, mas foi pouco acionado. E nas poucas vezes que conseguiu participar dos lances ofensivos, acabou errando. Outra aposta de Felipão que teve atuação apagada na primeira etapa foi Raphael Veiga, que acabou nem voltando para o segundo tempo, dando lugar para Gustavo Scarpa.
Antes mesmo da mudança ser sentida em campo, o Palmeiras conseguiu empatar. Dyeverson conseguiu recuperar uma bola cruzada errada e, da ponta esquerda, levantou para a área e encontrou Felipe Melo. Sem marcação, o volante só teve o trabalho de mandar a bola para o fundo do gol.
Com a igualdade no placar, os dois times passaram a atuar de forma mais cautelosa. As duplas de volantes Gabriel/Junior Urso e Felipe Melo/Bruno Henrique se preocupavam mais com as ações defensivas e deixavam os jogadores de ataque isolados.
Pelo lado corintiano, novamente a falta de poder ofensivo ficou evidenciada. Pedrinho, Clayson e Vagner Love pouco conseguiram assustar Weverton. Nem mesmo as entradas de Mateus Vital e Matheus Jesus, destaques nas últimas partidas, surtiram efeito.
Já o Palmeiras conseguiu assustar algumas vezes, principalmente com contra-ataques puxados por Dudu e Zé Rafael.
Nos acréscimos, o goleiro corintiano voltou a aparecer. Dudu acertou cruzamento para Deyverson, que cabeceou no ângulo direito. Cássio conseguiu buscar de forma espetacular no ângulo e impediu a virada.
CORINTHIANS 1 x 1 PALMEIRAS
CORINTHIANS
Cássio; Fagner, Manoel, Gil e Danilo Avelar; Gabriel (Matheus Jesus), Junior Urso e Sornoza (Mateus Vital); Pedrinho, Clayson (Everaldo) e Vagner Love
Técnico: Fábio Carille
PALMEIRAS
Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Luan e Diogo Barbosa; Felipe Melo (Thiago Santos), Bruno Henrique e Raphael Veiga (Gustavo Scarpa); Dudu, Willian (Zé Rafael) e Deyverson.
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Local: Arena Corinthians, em São Paulo
Data: domingo, 4 de agosto
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa/RS)
Público: 43.045 pagantes
Renda: R$ 2.998.991
Cartões amarelos: Gil (COR); Gustavo Gómez, Diogo Barbosa, Felipe Melo (PAL)
GOLS: Manoel, aos 13min do 1ºT; Felipe Melo, aos 4min do 2ºT.