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Após 'comer limões', Abel prevê dificuldade para Palmeiras na Libertadores

Com gol no fim, Verdão estreou com vitória sobre Universitario, no Peru

Estadão Conteúdo
Abel analisa estreia difícil do Palmeiras na Libertadores - Foto: Cesar Greco/Palmeiras
A dura vitória sobre o Universitário foi só o começo da complicada trajetória do Palmeiras nesta Copa Libertadores. Esta é a avaliação de Abel Ferreira, para quem o time paulista enfrentará ainda mais dificuldades em seus próximos jogos no Grupo A, a começar pelo Independiente Del Valle, responsável pela eliminação do Grêmio ainda na fase preliminar.



"O Independiente Del Valle tem uma identidade muito própria, não só de agora, gosta de ter a bola. O atual treinador do Internacional, o Ramírez, teve muitos anos no clube e é uma equipe por si só gosta de ter a bola. O outro treinador que está lá, o português, trouxe a verticalidade também. Será um jogo de Libertadores", comentou. O confronto com o rival equatoriano está marcado para a próxima terça, dia 27.

"A montanha que escalamos no ano passado foi alta, tivemos pouco tempo em cima porque já tivemos competições, não aproveitamos muito a vista. Descemos e agora estamos todos de novo no mesmo patamar", disse Abel. O outro rival do grupo será o Defensa Y Justicia, da Argentina, para quem o Palmeiras perdeu o título da Recopa Sul-Americana neste mês.

Para a sequência da competição e da temporada, o treinador evitou prever como vai escalar a defesa após ter colocado três zagueiros em campo na quarta. "Já disse que não sou treinador de sistemas, gosto de jogar de várias formas. O jogo não tem a ver com números, mas dinâmicas. Eu sempre joguei com três defesas, ou com dois centrais e um lateral, ou com dois zagueiros e um volante a entrar no meio dos zagueiros", comentou. "Não há sistema mais agressivo do que o que jogamos."



Abel admitiu certo alívio com a vitória conquistada na noite de quarta. O Palmeiras abriu 2 a 0, cedeu o empate após a expulsão de Empereur. Mas anotou o gol da vitória aos 49 minutos do segundo tempo. "Até a expulsão fizemos um jogo extraordinário, um jogo com muito boa organização, com bola e equilíbrio, uma equipe que arriscou muito com as saídas pelos dois laterais, o Luan fez um grande jogo hoje, e o Alan que cometeu um erro, mas faz parte. Fizemos um grande jogo até a expulsão, com muita gente na área. Era o que queríamos. E o futebol é isso."

O resultado encerrou uma sequência de quatro jogos sem vitória, com direito a perda de dois títulos - Supercopa do Brasil e Recopa - e uma derrota em clássico, para o São Paulo. "O que é certo é que estes jogadores são guerreiros", valorizou o treinador, antes de usar uma analogia inesperada para falar sobre o momento difícil do time na temporada.

"Temos comido alguns limões ultimamente, mas vamos fazer deles limonadas, como hoje. Com a ajuda dos nossos jogadores do banco, um dos nossos capitães é o Felipe Melo, que puxou os jogadores, e o Rony puxou em campo, também. Quando acreditamos muito e atraímos aquilo que pensamos, pelo que foram os 90 minutos, teríamos de sair daqui com a vitória, porque falhamos muitos gols e era um jogo para ficar resolvido na primeira parte."