Paraná
None

De favorito para comandar a Seleção a treinador do Paraná: conheça Dado Cavalcanti

Ele era o nome preferido do presidente da CBF para a Seleção, treinou o Brazsat no DF, derrotou o Gama na decisão da Copa Verde, acaba de assumir o Paraná e, agora, ameaça frear o Flamengo

postado em 21/10/2018 18:07

Geraldo Bubniak/Fotoarena/Folhapress

 

As gafes do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) têm o poder de catapultar um técnico do anonimato à fama. Luis Eduardo Barros Cavalcanti conhece a força da língua do seu maior fã. O coronel Nunes defendeu, mais de uma vez, a contratação de Dado Cavalcanti para assumir a Seleção. “Para mim, o melhor do Brasil é o Dado Cavalcanti, do Paysandu. Recuperou o time e quase levou para o G-4 (Série B)”, disse o torcedor fanático do clube paraense, em 2016, antes de Tite assumir o comando da esquadra verde-amarela.

Desde então, Dado Cavalcanti, que assumiu o lanterna Paraná Clube nesta semana, tornou-se mais do que um técnico competente. Virou folclore. Aos 37 anos, o responsável por frear o Flamengo, às 16h, no Estádio Durival de Britto, em Curitiba, pela 30ª rodada do Brasileirão, coleciona títulos relevantes. Tem média de um troféu nos clubes em que trabalhou. Pelo Paysandu, faturou o Campeonato Paraense e o bi da Copa Verde nas temporadas de 2016, em cima do Gama, no Bezerrão, e de 2018.

Nos demais clubes, ganhou o Campeonato Matogrossense pelo  Luverdense (2012), a Copa Pernambuco à frente do Santa Cruz (2009) o bi do Rondoniense liderando o Ulbra (2006 e 2007) e comandou o Brazsat durante parte da campanha do tíutulo da Série C do Candangão em 2008.

Como, obviamente, não conseguiu emplacar Dado na Seleção, o coronel Nunes tentou cornetar o trabalho de Tite fazendo campanha pela convocação de um ídolo do Papão da Curuzu, artilheiro do Vasco nesta temporada: Yago Pikachu. “Da maneira como ele joga, como chuta e faz gol, nunca vi um lateral-direito entrar na cortando da direita para a esquerda, fazendo gol com o pé canhoto”, elogiou Nunes.

Além da inusitada devoção a Dado Cavalcanti e da idolatria por Yago Pikachu, o coronel Nunes é conhecido por cometer outras gafes. A mais terrível, o voto para sede da Copa de 2026. A CBF havia acertado com os países da Conmebol para votar em bloco nas candidaturas de Estados Unidos, Canadá e México. Porém, o coronel furou o acordo e escolheu Marrocos com a justificativa de que “nunca teve uma Copa lá”. O dirigente também confundiu Tite com Dunga e disse, na Rússia, que o Brasil seria o primeiro campeão em um Mundial na Europa, esquecendo que o primeiro dos cinco títulos foi conquistado na Suécia, em 1958.

Gafes à parte, o sucesso no Paysandu continua sendo uma referência de Dado Cavalcanti. Sem tempo para treinar o time, ele admitiu usar um sistema de jogo cauteloso contra o Flamengo. “Fui campeão da Copa Verde com uma linha de cinco na defesa. Acabou dando certo. É uma formação interessante, mas vai depender dos jogadores. Preciso saber o quanto eles estão confortáveis para eu tomar a decisão. Vamos ter cautela”, ponderou nesta semana, ao ser apresentado no emprego.


“Fui campeão da Copa Verde com uma linha de cinco na defesa. É uma formação interessante, mas vai depender dos jogadores. Preciso saber o quanto eles estão confortáveis para eu tomar a decisão. Vamos 
ter cautela”
Dado Cavalcanti, técnico do Paraná

 

Rubro-negro

 

Invicto sob o comando de Dorival Júnior com duas vitórias, um empate, seis gols marcados e nenhum sofrido, o clube carioca contará com os retornos de Diego Alves e do meia Diego, ambos recuperados de lesões. Os dois ficaram fora das três últimas partidas no Brasileirão. Apenas o goleiro tem escalação garantida na equipe titular. César voltará ao banco de reservas.

Willian Arão entrou bem no time como substituto de Diego nos últimos três jogos e, por isso, Diego não deve iniciar o confronto entre os 11. “Não tem a decisão e a definição ainda. Aguardamos o Diego e a sua recuperação. Ainda está em recuperação. Temos três dias de trabalho para definir. Não vamos ligar Diego ao Arão. O pensamento é sempre de aproveitar todos os jogadores possíveis”, esconde Dorival Júnior.

 

*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima