José Carlos Peres já havia sido o principal rival de Modesto na eleição de três anos atrás, definida por uma diferença de menos de 200 votos. Agora, porém, ele superou o atual presidente, que terminou a votação empatado em segundo lugar com Andres Rueda, ambos com 1.661. Nabil Khaznadar foi o quarto colocado, com apenas 495 votos.
Em São Paulo, Peres, da chapa "Somos Todos Santos", teve quase 50% dos votos - 715 do total de 1.449 -, enquanto Modesto se complicou exatamente na capital, onde recebeu apoio de apenas 12,49% dos eleitores - 181, o que acabou sendo determinante para o resultado final.
"O desafio é unir o Santos para entrarmos em um novo tempo", disse Peres em suas primeiras palavras como novo presidente do clube. "As dívidas de curto prazo preocupam. Espero que o Modesto nos atenda para fazer uma transição honesta", acrescentou.
A principal polêmica e alvo de discórdia entre os adversários durante a eleição envolveu a urna 10 da Vila Belmiro, um dos locais de votação. Ela era utilizada pelos eleitores que se associaram há menos tempo ao clube, o que levantou suspeita da oposição pela movimentação bem superior ao visto nas outras.
A espera dos eleitores para votar nessas urnas superou mais de quatro horas durante vários momentos do dia. E isso provocou um grande atraso, de cerca de três horas, na conclusão da eleição, que estava prevista para as 18 horas, provocando protestos dos opositores de Modesto, que ameaçaram levar a eleição para a Justiça.
O resultado da urna 10 da Vila Belmiro acabou sendo bem diferente ao da eleição, com 290 dos 340 votos sendo depositados para Modesto.
Em São Paulo, na sede da Federação Paulista de Futebol, palco da votação na capital, também houve polêmica. Chamou a atenção a presença de um grupo de asiáticos que tentava participar da eleição. Opositores a Modesto registram o fato e divulgaram vídeos nas redes sociais. Além disso, o clima conturbado provocou vários desentendimentos durante a eleição, a ponto de Modesto ter discutido com adversários..