O Peixe não conseguiu transferir o mando de campo para a Vila Belmiro e colocou preço alto no Pacaembu, com arquibancadas a R$ 90. O resultado foi público total de 16.857.
“Jogamos domingo passado contra 60 mil pessoas do Ceará. Hoje (quinta-feira) o estádio não estava de acordo para uma decisão. Dirigentes colocaram esse preço, a gente não é ouvido. Minha predileção pela Vila eu sempre disse, mas não creio que seja uma forma de esconder análise desportiva ou eliminação, mas sim tentar analisar o motivo do público do Santos não ir aos estádios”, disse Sampaoli, em entrevista coletiva.
Sobre o jogo, o treinador santista viu injustiça em mais uma eliminação. Antes, o Peixe caiu para River Plate-URU na Sul-Americana e Corinthians no Campeonato Paulista.
“Santos foi quem propôs mais, principalmente no segundo tempo. Tivemos muitos ataques, chutes e possibilidades não concretizados. Perdemos injustamente no contra-ataque, futebol é assim. A chave é o nervosismo para definir. Tiveram dois contra-ataques no segundo tempo depois de falhas na direito e depois na esquerda. Temos que ter tranquilidade quando gol vem, sem perder a forma. E isso ocorreu em outros jogos. A vontade tem que ser com fúria, mas com organização”, analisou.
Questionado sobre a ausência de Rodrygo, Sampaoli contemporizou. A CBF não desconvocou o atacante da seleção olímpica e o impediu de atuar.
“A federação tomou medida que correspondia. Se não pode jogar, não pode jogar. Não entendo, não posso criticar uma decisão pré-estabelecida”, concluiu.
O Santos voltará a enfrentar o Atlético no domingo, às 19h (de Brasília), na Vila Belmiro, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Dessa vez a arquibancada (portões 1/2, 7/8 e 26) custa R$ 60. A geral santista está por R$ 40.
Resposta do presidente
O presidente do Santos, José Carlos Peres, minimizou o preço dos ingressos para a partida contra o Atlético. “Um grande time vence em qualquer lugar, na Vila Belmiro ou no Maracanã. Grande público não compareceu hoje. Existe uma crise, mas não justifica 16 mil”, disse. “Quem paga salário? Temos que ter time forte. Sabia que teríamos dificuldades, adaptação, sistema diferente. Essa reclamação não cabe (do valor)”, completou.
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