Quanto às peças, como de costume, as grandes novidades ficam por conta de inovações tecnológicas, já que as camisas – em especial a número um, com listras no peito – não podem fugir à linha tradicional, até por conta de restrições do estatuto do clube. Mesmo assim, na comparação com a Penalty, antiga fornecedora, o material tem sido muito elogiado pelos jogadores desde o treinamento de sexta-feira passada.
Outros atletas serviram como modelos no lançamento das "armaduras" de treino e jogo (expressão usada pelo marketing da empresa em referência ao nome da marca). Foram eles os goleiros Denis e Renan Ribeiro, o zagueiro Rodrigo Caio e o argentino Ricky Centurión. Porém, foi Boschilia, garoto formado na base do clube, quem mais chamou atenção, mais até do que o camisa 10 do time e o volante da Seleção Brasileira, os dois titulares presentes.
Ao contrário dos discursos sérios do mandatário do clube, Carlos Miguel Aidar, e do presidente da marca no Brasil, Marcelo Ferreira, realizados em um palco montado atrás de um dos gols do estádio, Boschilia fez graça ao receber o microfone. "Boa noite", gritou, arrancando risos até de Aidar, quando questionado sobre a expectativa para a partida de quarta-feira, contra o Cruzeiro, quando estreará a nova camisa. "Expectativa muito boa. Vamos sair com a vitória", continuou, rindo, sob aplausos.
O acordo com a empresa americana, que chegou ao Brasil há pouco mais de um ano, deve render ao menos R$ 27 milhões por temporada, incluindo patrocínio e materiais. Segundo estimativa do presidente do São Paulo, a porcentagem nas vendas em lojas aumentaria esse valor em torno de R$ 5 milhões ao ano.
Inicialmente programado para 7 de maio, o lançamento da coleção precisou ser antecipado para permitir que o time atualmente dirigido por Milton Cruz pudesse utilizá-lo já nesta quarta-feira, no Morumbi, no primeiro duelo das oitavas de final da Copa Libertadores, contra o Cruzeiro. O treinador, inclusive, marcou presença no evento desta segunda-feira e foi tietado por conselheiros e torcedores.