O plano é forçar Aidar a renunciar ao cargo e começar uma reformulação completa no comando do São Paulo. Os dois dirigentes romperam relação na segunda-feira, quando tiveram uma discussão ríspida em uma reunião. O conflito fez o presidente exonerar o então vice de futebol, cargo de confiança da gestão e responsável pelas contratações e por organizar o elenco.
Ataíde quer mostrar os documentos que tem para comprovar irregularidades da gestão e provar também que a culpa seria de Aidar e não dele. O material contempla informações sobre transferências de jogadores, como a saída do lateral Douglas para o Barcelona, a chegada do ex-palmeirense Wesley, fora a contratação de Iago Maidana, que vai a julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Após romper com Ataíde, Aidar viu os diretores começarem um ato de demissão coletiva. O presidente, então, solicitou para que todos pedissem para sair e, desde terça-feira, está isolado no cargo. O mandatário aposta em um encontro com ex-presidentes do São Paulo para buscar apoio e evitar a crise, que pode levá-lo ao processo de impeachment ou à renúncia.
Dentro do clube conselheiros afirmam que a pressão é muito grande para a saída de Aidar. A oposição promete protocolar até esta sexta-feira uma representação contra o presidente e tenta convencer demais membros a não aceitarem convites para retornarem à diretoria, medida que forçaria o isolamento do presidente do São Paulo.