2

Em recuperação, São Paulo encara o Racing na Libertadores ainda sem torcida

Tricolor encara o rival argentino mais aliviado do que há semana atrás após dois triunfos seguidos

13/07/2021 09:58
compartilhe
De acordo com o técnico Hernán Crespo, a equipe
foto: Divulgação/São Paulo

De acordo com o técnico Hernán Crespo, a equipe "está voltando ao normal" depois de nove jogos sem vitórias

Embora a Conmebol tenha autorizado neste domingo o retorno do público aos estádios nos jogos das oitavas de final da Libertadores e da Copa Sul-Americana, o São Paulo enfrenta o Racing nesta terça-feira, às 21h30, ainda com as arquibancadas vazias. O time tricolor encara o rival argentino mais aliviado do que há semana atrás após dois triunfos seguidos que reabilitaram a equipe no Brasileirão.

Dois órgãos da administração estadual - a Secretaria de Esportes e a Secretaria da Saúde - confirmaram que qualquer alteração sobre a presença da torcida em eventos esportivos será divulgada a partir de quarta-feira pelo governador João Doria.

Julio Casares, presidente do São Paulo, afirmou que não houve tempo hábil para planejar um retorno dos são-paulinos para esta terça-feira. "Tem que ter autorização dos governos locais. Está muito em cima da hora", afirmou o dirigente ao Estadão.

O jogo de volta, na Argentina, também deverá ser realizado sem público. Por uma questão de equilíbrio técnico, o dirigente planeja um eventual retorno da torcida apenas na próxima fase, caso o São Paulo se classifique às quartas de final. "A Conmebol tem que priorizar o equilíbrio da competição. Público, se retornar, tem que ter na ida e na volta dos jogos", completou o presidente.

O Red Bull Bragantino e o Independiente Del Valle, no Equador, que vão se enfrentar pela Copa Sul-Americana, fizeram um acordo para que os dois jogos sejam realizados sem público.

O cenário, no entanto, pode mudar. O Flamengo quer ter sua torcida na volta contra o Defensa y Justicia, dia 21, também pelas oitavas de final. Para isso, é preciso um acordo entre os clubes e as autoridades locais. O Maracanã tem poucas chances de receber o jogo.

A prefeitura do Rio multou a CBF em R$ 54 mil pelas aglomerações na final da Copa América entre Brasil e Argentina. Por isso, a diretoria pode tentar levar o jogo para Brasília, que está mais receptiva à presença de público.

No domingo, a Conmebol publicou um novo protocolo para regular a volta gradual de torcedores aos estádios. A entidade sugere a liberação de pessoas com vacinação completa ou teste RT-PCR negativo, além do veto aos menores de 18 anos, grávidas e pessoas com comorbidades.

"O retorno gradual do público é essencial para o desenvolvimento do futebol sul-americano", disse a Confederação Sul-Americana de Futebol.

RECUPERAÇÃO - A volta da torcida viria em um bom momento para o São Paulo. Depois de duas vitórias seguidas no Campeonato Brasileiro, a equipe se distanciou da zona de rebaixamento. De acordo com o técnico Hernán Crespo, a equipe "está voltando ao normal" depois de nove jogos sem vitórias.

"Precisamos de um pouco de normalidade, dar serenidade, tranquilidade aos atletas para trabalhar, de um jeito normal para eles. Tudo está voltando ao normal", disse o argentino.

A exemplo dos jogos anteriores, o time terá desfalques importantes. O zagueiro Miranda, o meia Emiliano Rigoni e o atacante Luciano não treinaram nesta segunda-feira. Além do trio, o time não terá Daniel Alves, que já começou a preparação para os Jogos de Tóquio com a seleção olímpica.

Bruno Alves, que já voltou a campo para os treinamentos, ficará de fora, pois está suspenso na competição. Por outro lado, Crespo deve escalar o meia Benítez e o atacante Eder, que foram poupados na vitória sobre o Bahia.

O time argentino ainda não foi vencido pelo São Paulo neste ano. Os dois clubes estavam juntos na fase de grupos, com empate em Avellaneda e derrota tricolor no Morumbi. O Racing não atua desde o dia 4 de junho, quando foi derrotado pelo Colón na final da Copa da Liga Argentina. A data marcou o fim da temporada passada do país vizinho.

Nesse período, o São Paulo jogou 11 vezes e viveu o pior momento da era Crespo. No Brasileirão, a equipe chegou a somar quatro derrotas e quatro empates e chegou a estar na zona do rebaixamento.

Questionado sobre a diferença de calendários dos dois times, Crespo evitou apontar vantagem para um dos times. "Se falar com eles, é nossa vantagem porque jogamos. Nós entendemos que não é vantagem porque jogamos muito. Isso é futebol, é o calendário", afirmou o treinador.


Compartilhe