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Candidato Eduardo Carvalho entra com ação na Justiça contra adiamento das eleições do Sport

Alegando ilegalidade no adiamento, Eduardo Carvalho acredita que a decisão trata-se de um ato político e entrou na Justiça para tentar reverter a ordem

postado em 03/12/2020 15:39 / atualizado em 03/12/2020 15:51

(Foto: Paulo Paiva/DP Foto)
Candidato de oposição à presidência do Sport, o advogado Eduardo Carvalho entrou com uma ação na Justiça nesta quinta-feira para tentar impedir o adiamento das eleições do clube. Em reunião virtual realizada na última segunda-feira, o Conselho Deliberativo aprovou por ampla maioria dos votos que o pleito para o próximo biênio só ocorra depois do término do Campeonato Brasileiro, no final de fevereiro do ano que vem.

“O adiamento é pedido em razão de um impedimento legal de se fazer a eleição presencial. Esse argumento apresenta como respaldo uma lei federal que não se aplica às entidades privadas como o Sport. Além disso, a legislação e o protocolo estaduais permitem a eleição presencial. O Supremo Tribunal Federal já decretou que a competência para se determinar o fechamento de qualquer atividade é do governo estadual”, explicou o candidato.

Alegando ilegalidade no adiamento, Eduardo Carvalho acredita que a decisão trata-se de um ato político. O requerimento entregue ao Conselho Deliberativo do Sport sugerindo uma nova data para as eleições foi feito pelos Conselheiros Natos (ex- presidentes do clube), com manifestação da atual diretoria executiva do clube. A justificativa utilizada foi de que o processo eleitoral poderia atrapalhar os jogadores e o time na sequência da Série A.

“Na tentativa de obter algo que pudesse justificar minimamente o adiamento, o Sport chamou o Corpo de Bombeiros para fazer uma fiscalização nas instalações da Ilha do Retiro e ainda assim eles aprovaram. Então o que aconteceu nessa reunião do conselho foi, na realidade, um golpe. Um golpe patrocinado pelos eternos donos do clube, que não tem um candidato capaz de unir todas as correntes”, destacou Eduardo.

O pré-candidato à presidência do Sport ainda explicou que a Justiça não tem um prazo determinado para dar uma resposta. Durante a semana, na tentativa de fazer com que as eleições do clube aconteçam ainda neste ano, Eduardo Carvalho chegou a propor aos demais candidatos que o pleito ocorra de maneira remota, com votação online. Para isso, sugeriu a divisão do custo de instalação do sistema, o que foi negado.

“A rigor não tem prazo. Muito mais importante do que a resposta da Justiça para essa nossa ação é desmascarar esse processo. Eu propus um sistema de eleição virtual, cuja segurança foi comprovada, para todos os outros pré-candidatos. Estranhamente, nenhum deles topou. O que está evidente é que aqueles que se entendem donos do Sport não querem as eleições agora porque não têm candidato”, completou.