Se na quinta-feira Fabrício marcou aos 49 e deu a vaga ao Vasco sobre o Fluminense, a insistência da equipe até o último lance foi novamente premiada neste domingo. E depois de um primeiro tempo eletrizante, com quatro gols em 45 minutos, Rios deu o triunfo ao time que mais criou na etapa final.
Melhor para o Vasco, que vai embalado e com vantagem para a segunda partida da final, domingo que vem. No Maracanã, a equipe precisará de apenas um empate para repetir a história de 2015 e 2016, quando ficou com o título sobre o mesmo Botafogo. Ao rival, fica a necessidade de vencer por dois gols de diferença. Se triunfar por um, a disputa vai para os pênaltis.
Em uma inesperada final, já que as equipes não venceram nenhum dos turnos e só foram à decisão graças ao esdrúxulo regulamento do Carioca, Botafogo e Vasco entraram em campo querendo mostrar que mereciam disputar o título. Quem começou melhor foi o time casa, que foi para cima e arriscou duas vezes nos primeiros lances.
O Botafogo apostava na marcação por pressão, era incisivo e foi recompensado pelo comportamento aos três minutos.
O Vasco tentou responder rapidamente e viu Rafael Galhardo assustar aos sete. Riascos, aos 24, tentou duas vezes e parou em Gatito. Apesar das chances criadas pelo time cruzmaltino, o Botafogo parecia dono do jogo, administrando a vantagem e mantendo a posse.
O rival, então, passou a apostar também na marcação por pressão, e se deu bem. Aos 28, Lindoso perdeu na intermediária, Wagner ficou com a sobra e deu ótimo lançamento para Pikachu, que chegou batendo de primeira para marcar belo gol. Os botafoguenses reclamaram bastante de falta em Lindoso.
O gol gerou um "apagão" no Botafogo, e a virada saiu apenas dois minutos depois. Wagner arrancou pela esquerda e deixou de calcanhar para Riascos. O atacante pedalou, passou por Marcinho como quis e cruzou. Yago Pikachu não conseguiu na primeira tentativa, mas aproveitou o bate-rebate para virar.
Em um jogo de altos e baixos de ambos os lados, foi a vez do Botafogo reagir e ganhar o campo de ataque. Aos 39, Leo Valencia cobrou falta da direita, Igor Rabello apareceu sozinho e finalizou de cabeça, em cima de Martín Silva. Cinco minutos mais tarde, Luiz Fernando tabelou com Marcinho e colocou na cabeça de Brenner, que finalizou com estilo, para a rede.
O segundo tempo prometia grandes emoções, mas ficou mesmo só na expectativa. As duas equipes sentiram o desgaste após a intensa primeira etapa e diminuíram o ritmo. O Botafogo até ficava mais com a posse, mas não transformava em oportunidades. Do lado do Vasco, a expectativa era no contra-ataque.
Valentim tentou mudar, tirou Leo Valencia e Brenner e viu os dois deixarem o gramado reclamando.
O empate parecia selado, quando aos 48 minutos, no último lance, o Vasco selou a vitória. Após cobrança de escanteio da direita e desvio na primeira trave, Andrés Rios apareceu e finalizou com estilo, de voleio, para marcar o terceiro.
BOTAFOGO 2 X 3 VASCO
BOTAFOGO
Gatito Fernández; Marcinho, Joel Carli, Igor Rabello e Moisés; Marcelo, Rodrigo Lindoso, Renatinho (Marcos Vinícius), Leo Valencia (Rodrigo Pimpão) e Luiz Fernando; Brenner (Kieza). Técnico: Alberto Valentim.
VASCO
Martín Silva; Rafael Galhardo, Paulão, Erazo e Fabrício; Desábato, Wellington, Yago Pikachu, Giovanni Augusto (Paulinho) e Wagner (Thiago Galhardo); Riascos (Andrés Rios). Técnico: Zé Ricardo.
GOLS - Renatinho, aos três, e Yago Pikachu, aos 28 e aos 30 minutos do primeiro tempo. Andrés Rios, aos 48 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Rodrigo Carvalhaes de Miranda (RJ).
CARTÕES AMARELOS - Renatinho, Rodrigo Lindoso, Joel Carli (Botafogo); Fabrício, Wellington, Rafael Galhardo (Vasco).
RENDA - R$ 541.370,00.
PÚBLICO - 16.337 pagantes (19.117 presentes).
LOCAL - Estádio Engenhão, no Rio (RJ)..