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ESCÂNDALO NA GINÁSTICA

Defesa de ginastas abusados quer banimento de técnico punido pelo STJD

Fernando de Carvalho Lopes pegou quatro anos de suspensão, além de multa de R$ 300 mil, que deve ser paga pela Confederação Brasileira de Ginástica

postado em 10/11/2018 11:13 / atualizado em 10/11/2018 17:39

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Acusado de abusar sexualmente de mais de 40 jovens atletas quando era técnico em São Bernardo, Fernando de Carvalho Lopes, treinador da Seleção Brasileira masculina durante dois anos, foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com quatro anos de suspensão, além de uma multa de R$ 300 mil. Porém, a defesa de três atletas envolvidos no escândalo promete recorrer da decisão, visando o banimento do profissional do esporte.

Em entrevista ao Correio Braziliense, o advogado André Sica disse respeitar a decisão do STJD, mas que acredita que a punição para Fernando deveria ser maior. "Nossas provas são fortes, contundentes e assustadoras. Esperávamos, no mínimo, uma adição de penas. Ou seja, quatro anos para cada atleta abusado, o que equivaleria a um banimento", opina.

Ainda segundo o profissional do escritório CSMV Advogados, é dever da Justiça evitar que Fernando Lopes volte a ter qualquer tipo de contato com crianças no esporte. "Esse senhor não pode mais atuar em nenhuma atividade esportiva. É meu desejo que essa pena aumente. Portanto, vamos recorrer e tentar elevar a punição ao extremo", comenta Sica.

Além dos quatro anos de gancho, o STJD também multou o treinador em R$ 300 mil, mas o valor deverá ser pago pela Confederação Brasileira de Ginástica. Vale frisar que Fernando de Carvalho Lopes ainda responderá criminalmente pelas denúncias de abuso sexual de 25 ginastas, número de atletas que afirma ter reunido provas contra o profissional, já aceitas na esfera esportiva. Apenas três vítimas decidiram processar o técnico.
 
A lista de vítimas inclui Petrix Barbosa, medalhista de ouro dos Jogos Pan-Americanos de 2011. O caso se tornou público em abril deste ano, pela repórter Joanna de Assis, do site Globoesporte.com