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Arena de eSports atrai jogadores profissionais e amadores em Brasília

A competição, que dura até abril, oferece prêmios de até R$ 3 mil para os vencedores

postado em 14/03/2019 13:00 / atualizado em 15/03/2019 13:50

<i>(Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)</i>
Brasília não ficou de fora da febre dos jogos eletrônicos. A capital federal está recebendo o DDGS (Dragon District Games Season), atração produzida pelo X5 E-sports. Conhecido como eSports, as disputas onlines estarão presentes na cidade até 7 de abril. Realizado no Brasília Shopping, na W3 Asa Norte, o evento recebe amadores que queiram jogar pagando por hora, além de profissionais que participarão de uma competição de League Of Legends e Counter Strike. A arena também irá produzir uma feira geek e um concurso de cosplayers, com inscrições gratuitas
 
Para o campeonato, 10 equipes foram inscritas, todas são de Brasília. Cada uma delas conta com cinco membros e um técnico. As batalhas serão transmitidas ao vivo com direito a narrador e comentaristas, e tudo será exibido em um telão instalado no local. A final está marcada para 7 de abril, e as quatro equipes melhores colocadas serão premiadas. "Os campeonatos serão de grupos da cidade, de uma galera que pensa em iniciar e solidificar uma carreira como Pro-Player (jogadores profissionais). Servirá para começar a ter uma experiência em campeonatos", comenta Amandla Gandhi, produtora do evento. 
 
Aberta em 14 de fevereiro, a arena iria ficar instalada no Brasília Shopping até 23 de março, mas a procura foi tão grande que o evento foi estendido por mais 15 dias. Amandla explica que o principal público são os adolescentes. "A média de idade dos nossos frequentadores são de jovens de 11 a 14 anos. Normalmente a maioria são meninos. Temos duas meninas para cada 10 meninos. Outra coisa comum é os pais virem fazer compras e os filhos ficarem aqui jogando", acrescenta. 
 
O narrador da competição será o experiente jogador Miron de Lelis. Ele será o responsável por fazer o público entender os jogos que estarão sendo disputados. "A meta é fazer com que qualquer pessoa entenda o que esteja acontecendo nas disputas, explicar passo a passo. Para que o público, leigo ou não, consiga acompanhar o torneio e se interessar por ele”, explica Miron, publicitário de 29 anos que também produz uma orquestra que toca músicas de games. 
 

Presença feminina 

 
<i>(Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)</i>
As mulheres ainda são minoria no mundo dos jogos eletrônicos. Dos 50 jogadores inscritos no torneio, apenas dois são mulheres. Entre os amadores que passam diariamente pela arena de games, o público feminino também não é muito recorrente. A jovem Giovana Miller, 22 anos, é uma exceção. Fã de videogames desde criança, ela já compareceu várias vezes no local. "Eu gosto muito de jogos eletrônicos. O que afasta as mulheres ainda é o preconceito e o assédio que muitas sofrem, como se fosse proibido mulher gostar desse tipo de jogo”, critica. 
 
Mônica Zercher estava conhecendo a arena pela primeira vez, levada pela amiga Giovana. Ela confessa que não tem a rotina de jogar videogames, mas acha interessante o espaço. "Quando eu era criança, joguei alguns clássicos, mas nunca fui muito ligada. Não é algo que nós, mulheres, somos muito motivadas a fazer e, às vezes, por parecer um espaço muito masculino, acabamos nos afastando ainda mais”, relata a jovem de 24 anos. 
 

Público principal 

 
<i>(Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)</i>
Os adolescentes costumam ser os principais ocupantes das 10 máquinas da arena de games. Em algumas ocasiões, a procura é tão grande que tem lista de espera. Os organizadores estão trabalhando até com reservas de horário para evitar uma fila longa. Daniel Carvalho, 12 anos, estava pela segunda vez no local. Ele é fã do popular Counter Strike GO, jogo de guerra. 
 
Daniel tem o hábito de jogar videogame de casa. "Durante a semana, eu jogo menos por causa da escola. Minha mãe libera por mais tempo no fim de semana, quando consigo jogar umas três horas”, diz. Alessandra, mãe do adolescente, pontua que, se bem controlado, os jogos eletrônicos fazem bem para o desenvolvimento das crianças, já que trabalham bastante o sistema cognitivo e a velocidade de pensamento. 
 

eSports no Brasil

 
O Brasil tem o terceiro maior público de eSports do mundo. De acordo com um estudo da Newzoo, consultoria especializada no mercado de games e de mobile, 7,6 milhões de brasileiros são considerados apreciadores de eSports. A consultoria considera as pessoas que assistem a torneios de esporte eletrônico mais de uma vez por mês. Nesse quesito, o país é líder na América Latina. A pesquisa divulgada em 2018 aponta que 5,3% da população conectada é entusiasta do esporte eletrônico. Globalmente, o país está atrás apenas da China (7,9%) e dos Estados Unidos (7,7%). 
 
Os dados da Newzoo também revelam que, em 2017, o número de jogadores no Brasil era de 66,3 milhões. Em 2018, o país bateu 75,7 milhões de gamers. A movimentação financeira também aumentou consideravelmente: de US$ 1,3 bilhão para US$ 1,5 bilhão. 
 

Serviço 

Dragon District Games Season
Data: de 14 de fevereiro a 7 de abril
Hora: das 10h às 22h (segunda à sexta-feira) e das 13h às 19h (domingos e feriados)
Local: Brasília Shopping – W3 Norte 
Ingresso: R$ 20 (uma hora de jogo) 
Classificação Indicativa: 8 anos
Inscrição do Concurso Cosplay https://www.dragondistrict.com.br/cosplay
 
Redes Sociais
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Canal do narrador Miron de Lelis - twitch.tv/Mironzitos