Ketleyn disse que pensou muito antes de decidir pela mudança. “Eu optei, em grande parte, pelas vantagens que terei. Não decidi sozinha. Conversei primeiro com meu técnico, o Floriano de Almeida, e com o pessoal da Confederação, depois que esta me fez o convite. Dependia de ouvir o que eles iriam propor. Para uma mudança como essa, precisaria de certas garantias, como a de que estarei nas grandes competições, como Grand Prix e Grand Slam, pois só assim atingiria a pontuação necessária. Eles me deram essa certeza.”
Teoricamente, Ketleyn teria problemas por subir de peso. Ela tem de aumentar o seu. Mas, por enquanto, vem lutando sem ter ganho um quilo sequer e os resultados foram bons. “Consegui dois quintos lugares nos Pan-Americanos do Uruguai e da Argentina. Não venci, mas já somei 80 pontos. A Mariana, a melhor brasileira do ranking, é a 24ª e tem 500 pontos. Vou devagar, mas sei que chegarei lá. Assim que começarem as disputas de copas, o GP e o Grand Slam, que valem de 100 pontos a 500 pontos, tenho certeza de que subirei bastante nesse ranking.
PROBLEMA O problema maior, por enquanto, segundo ela, é que precisa ganhar mais ritmo. “As meninas, as adversárias, são mais pesadas, o que significa que são mais difíceis de cair. Mas, nas duas competições de que participei, tive uma grande vantagem, o que me ajudou ao somar pontos. Enquanto elas são mais fortes, eu sou mais rápida e surpreendi algumas adversárias, que não estão acostumadas com o meu tipo de luta. Vou ter de ganhar peso, mas vou cuidar para não perder a velocidade.”
Ela vai além e diz que tem uma nova maneira de pensar. “Sei que agora só depende de mim. O fato de estar na mesma categoria da Mariana, minha companheira, transforma a disputa no que costumo chamar de “uma contra uma”. “Vai ser uma conta a outra, e que vença a melhor.”