"Estou curtindo esse desafio. O Nacra 17 não é um barco fácil de velejar, mas a motivação e a vontade de estar nos Jogos me traz uma força extra nesta reta final da preparação, já que a indicação para a vaga ocorre em dezembro", diz Isabel.
O Nacra 17 é um catamarã que estreia no programa olímpico em 2016, em formação mista, obrigatoriamente com um homem e uma mulher. O Brasil, até agora, não tem uma dupla em condições de fazer uma boa Olimpíada, ainda que tenha garantida a vaga como país-sede.
Assim, a Confederação Brasileira de Vela (CBVela), depois de anunciar Fernanda Oliveira/Ana Barbachan como barco olímpico da classe 470 Feminina, ajudou na negociação para que Isabel se tornasse proeira de Samuel Albrecht, o Samuca, apenas o 44.º colocado no Mundial de Santander, no ano passado. Ele vinha formando barco com a jovem Geórgia da Silva, de 22 anos.
Curiosamente, quando a corrida olímpica começou o favoritismo da Nacra 17 era a dupla formada por Cacau Swan e Clínio Freitas, tios e padrinhos de Isabel. Os veteranos, entretanto, ambos atletas olímpicos que estavam afastados do esporte de alto rendimento, não conquistaram bons resultados e abandonaram a disputa.
Agora, a corrida olímpica será de Samuel/Isabel contra a dupla formada por João Siemsen Bulhões (sobrinho do presidente do Fluminense) e Gabriela Nicolino de Sá. A tendência é a que a escolha do barco que vai ao Rio-2016 seja feita a partir do resultado da Copa Brasil de Vela, no fim do ano.
Curiosamente, é a segunda vez que Isabel Swam vai a Porto Alegre para competir com um atleta local pelo clube Veleiros do Sul. Em 2008, a dupla que ela formou com a também gaúcha Fernanda Oliveira ganhou bronze olímpico.