Nesta quarta-feira, o dólar fechou a R$ 3,76 para venda, maior patamar para o encerramento de um dia desde dezembro de 2002. Já nesta quinta, a moeda norte-americana chegou a bater R$ 3,81, mas fechou o dia no mesmo valor da véspera. A alta no ano, que já passa de 40%, implica diretamente em aumento de custos para temporadas de treinos e competições no exterior para os atletas, seus treinadores e integrantes de comissões técnicas multidisciplinares.
“Uma ação que a gente faz com dez pessoas envolve um volume muito grande de passagens aéreas e reservas em hotel. Com o dólar 30, 40 ou 50 centavos mais caro, em uma magnitude de milhares de reais você está gastando uma parcela interessante a mais do que antigamente. As ações serão bem mais pensadas e específicas do que antigamente”, disse Cielo.
Até o fim do ano, o campeão olímpico nacional e seus companheiros de profissão têm menos a se preocupar. O próximo compromisso importante da natação é o Torneio Open, na cidade catarinense de Palhoça. O temor de Cielo é para 2016, ano em que deve utilizar competições internacionais para se preparar para os Jogos Olímpicos, como geralmente faz antes dos principais eventos.
Este ano, por exemplo, Cielo, Bruno Fratus, Marcelo Chierighini e Matheus Santana disputaram juntos o GP de Charlotte como treino do revezamento 4x100m livre para o Mundial de Kazan, na Rússia. A prova por equipe é uma das grandes chances de medalha do Brasil na natação em 2016.
“Espero que isso não afete nosso planejamento porque no ano olímpico precisamos estar competitivos e as grandes competições estão fora do Brasil. Vamos buscar as melhores para participar dentro do possível”, afirmou Cielo, que nesta quinta-feira assinou contrato com um novo patrocinador. “Temos que respeitar isso para não querer exigir muita coisa e seguir um pouco a linha do que a confederação definir, que deve ser bem mais pontual”, explicou.