Aos 70 anos, o dirigente possui um cargo no Conselho Executivo do COI e atuou no comitê de avaliação da Olimpíada do Rio-2016. Sua força como presidente da AIBA vem diminuindo a cada ano, por causa da terrível situação financeira da organização.
Vários membros do Comitê Executivo da AIBA deram um voto de confiança para Wu e tentaram contra-atacar as acusações do diretor executivo William Louis-Marie. Wu lutou contra várias tentativas de expulsá-lo nos tribunais suíços, em ações que ele qualificou como "movimentos ilícitos", e prometeu continuar sua batalha para manter o controle da AIBA.
Mas na segunda-feira a comissão disciplinar da associação votou por unanimidade para suspendê-lo, com efeito imediato e sem direito de recurso. Em uma declaração, a comissão disse que a decisão segue acusações de 11 membros do Comitê Executivo e Wu foi acusado de violar vários códigos disciplinares e estatutos.
Em seguida, o documento enumerou as quatro principais queixas contra Wu: tentativa de demitir os opositores da comissão executiva, tomar decisões comerciais sem aprovação, enganar a mídia e as federações nacionais sobre as finanças da AIBA e bloquear uma tentativa de organizar um voto de confiança a favor dele.
De acordo com a comissão disciplinar, a AIBA tem R$ 48,3 milhões em dívidas "sem qualquer razão gerencial ou comercial" e não conseguiu persuadir os auditores KPMG a assinarem as contas de 2016.
Mas, além da crise de caixa da AIBA, a federação esteve nas "cordas" depois que uma série de decisões ruins arruinaram a competição de boxe do ano passado nas Olimpíadas de Rio, quando todos os juízes tiveram suas atuações investigadas nos ringues cariocas. Wu será agora substituído por um presidente interino..