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MUNDIAL DE PISCINA CURTA

Campeões no revezamento 4x200m dizem que ouro confirma talento de nova geração

Quarteto brasileiro também bateu recorde mundial da prova

Estadão Conteúdo
Luiz Altamir, Fernando Scheffer, Leonardo Santos e Breno Corei comemoram ouro no Mundial na China - Foto: Sátiro Sodré/CBDA

A conquista da medalha de ouro na disputa do 4x200 metros livre no Mundial de Natação em Piscina Curta (25 metros) foi encarado pelos brasileiros como a confirmação do talento de uma nova geração. Afinal, do quarteto que participou da final nesta sexta-feira, em Hangzhou, na China, Leonardo Santos é o mais velho, ainda que com apenas 23 anos.

"Esse título e recorde mundial colocam a gente em evidência, mostrando que a nova geração está chegando. Chegamos para ficar. Estou muito feliz de estar com esses caras aqui. São a nova cara da natação brasileira. Não estamos aqui à toa", disse Leonardo Santos, que substituiu Leonardo de Deus na final.

Para Fernando Scheffer, de 20 anos, do Minas, a conquista é o primeiro passo de metas mais ousadas dos jovens nadadores brasileiros e que passam por uma participação com destaque na Olimpíada de Tóquio, em 2020.


"Faz tempo que chegamos e esse título comprova isso. Colocamos nosso nome no papel e não vamos parar por aqui. Nossa meta é chegar em Tóquio para consolidar nosso nome entre os melhores do mundo", explicou Scheffer, o segundo a nadar na final do revezamento e que colocou o Brasil na liderança.

Breno Correia, o mais novo do quarteto - tem 19 anos -, também adotou discurso parecido, mas também disse ser necessário pensar em um evento de cada vez, a começar pelo Mundial de Esportes Aquáticos de 2019, até chegar aos Jogos de Tóquio.

"Nos firmamos no cenário mundial. Todos viram o que a gente pode fazer. Estamos entre os melhores. Agora, um passo de cada vez, vamos em busca do Mundial do ano que vem, depois Jogos Olímpicos, que é o nosso objetivo principal", comentou Breno Correia, que foi o último a nadar na prova e colocou o Brasil na liderança definitiva, concluindo a disputa em 6min46s81.

Luiz Altamir, de 22 anos, foi o responsável por abrir o revezamento e a começar a surpreender o favoritismo de Rússia, China e Estados Unidos, nadando em ritmo forte e concluindo os primeiros 200m na segunda posição, mas em briga acirrada pela liderança.

"Essa medalha mostra a dedicação de cada um aqui. Nós acordamos cedo, passamos por dificuldades, temos nossa vida em universidades também, suamos, choramos, somos seres humanos como qualquer pessoa e chegar aqui e conseguir levar o nome do Brasil ao topo do pódio é algo inexplicável", concluiu Luiz Altamir..