Medalha de Ouro na Olimpíada da Cidade do México, em 1968, Foreman também foi campeão mundial dos pesados em 1973, ao derrubar Joe Frazier seis vezes em dois rounds. Perdeu o cinturão no ano seguinte, para Muhammad Ali, por nocaute no oitavo assalto, no Zaire, naquele que é apontada por todos como a verdadeira "Luta do Século".
Abandonou o boxe em 1977 para ser pastor evangélico. Voltou 10 anos depois, aos 38 anos, e demonstrou que sua força estava intacta, ao derrubar 23 de seus 24 adversários, entre eles o brasileiro Adilson Maguila Rodrigues, antes de perder para Evander Holyfield, por pontos, em um duelo épico.
Recuperou o cinturão, ao nocautear Michael Moorer, 18 anos mais novo, com um direto de direita mortal no décimo assalto, em 1994. Se tornou o campeão mais velho do boxe. Lutou até 1997, aos 48 anos, e sempre teve o respeito de todos.
Milionário, virou garoto propaganda de uma marca de grill e ganhou mais de US$ 110 milhões (aproximadamente R$ 405 milhões, na cotação atual).
Foreman considera a geração dos anos 1970, da qual fez parte, junto com Ali, Frazier e Ken Norton como a melhor de todos os tempos. "Mas o mais forte de todos era Ernie Shavers."
Perguntado se é o mais "temido" lutador de todos os tempos, Foreman tem a resposta na ponta da língua. "O mais temido é Joe Louis", afirmou, referindo-se ao campeão dos anos 1930, 1940 e 1950. Foreman não se coloca no mesmo nível de Ali e Frazier. "Ali foi um ídolo. Trata-se de um dos maiores seres humanos que já existiram. Frazier tinha uma esquerda espetacular. Por isso, a luta deles, em 1971, em Nova York, foi o maior de todos os eventos esportivos."
Sobre Mike Tyson, mais elogios. "Nunca o boxe teve reunido em uma mesma pessoa tanta agressividade e velocidade." No boxe atual, Foreman escolhe Mikey Garcia, campeão peso leve, como o melhor. "Ele é o cara." E "Big George" também tem um conselho para quem quer ser campeão. "Além de força e talento, é preciso ter garra.".