"É uma viagem longa, dura e com muito fuso. Por isso, vou chegar uma semana antes para fazer uma boa aclimatação. Afinal, sempre é um desafio saber dosar o quanto treinar antes para chegar bem preparado e não muito cansado. Além disso, fazer um bom reconhecimento da raia é importante", explicou o maior medalhista olímpico do Brasil, com cinco pódios.
Scheidt chega para o Mundial embalado pelo título do Europeu da Classe Star. "Apesar de ser outra categoria, é sempre bom voltar a vencer uma competição grande e de alto nível. Isso motiva bastante para essa reta final de preparação para o Mundial. Foi uma emoção grande", contou Scheidt, que formou dupla com Henry Boenning, o Maguila, no campeonato disputado no Lago Di Garda, na Itália, onde mora com a família e de onde embarcou diretamente para o Japão.
O bicampeão olímpico vai em busca da sexta medalha, a quarta na classe Laser, na qual acumula os ouros em Atlanta-1996 (Estados Unidos) e Atenas-2004 (Grécia) e uma prata em Sidney-2000 (Austrália). Pela Star, faturou uma prata em Pequim-2008 (China) e um bronze em Londres-2012 (Inglaterra).
O Mundial será a terceira grande competição de Scheidt em seu retorno à classe Laser neste ano. Entre o final de março e início de maio, disputou o Troféu Princesa Sofia, na Espanha, e a Semana de Vela de Hyères, na França.
O brasileiro tem apresentado evolução constante na classe Laser. Em ambas as disputas, ficou a apenas uma posição da "medal race". "Tenho trabalho muito para melhorar a velejada e tenho conseguido evoluir em vários aspectos. As largadas, por exemplo, são um ponto muito importante", afirmou.
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