A atuação de Mariana chamou a atenção. O cavaleiro André Moura vinha liderando, depois de dois dias. No terceiro e último, no entanto, acabou ultrapassado pela amazona, que é estreante na categoria. Para os críticos da modalidade, ela vinha fazendo uma apresentação milimétrica desde o primeiro dia, o que a deixou sem penalidades e candidata ao título.
Depois da passagem final, e com quatro percursos sem faltas em todo o campeonato, Mariana se sagrou vice-campeã brasileira, se consolidando como uma das promessas do hipismo nacional. Ela afirma não haver rivalidade entre os mineiros que estarão no Sul-Americano em setembro, no Paraguai: “Entre a gente, prevalece o espírito da amizade. Até estudo com o André, fazemos engenharia no Ibmec. Torço para que todos se saiam bem e possam estar no pódio”.
EM BUSCA DO SONHO
Mariana entrou na disputa, segundo conta, sem grandes expectativas: “É meu primeiro ano na categoria. Sinceramente, não esperava um resultado como esse. Mas minha égua, La Divine WV, está em ótima forma e respondeu bem ao que foi preciso na pista. Ela foi fundamental para o resultado”.
A amazona diz que houve um adiantamento no seu planejamento de carreira: “Eu tinha feito um planejamento para chegar a uma competição internacional na Young Rider, em três anos. No entanto, consegui logo no primeiro ano. Estou empolgada e muito esperançosa”.
Ela conta que começou a montar aos 5 anos, na fazenda do avô em Caraíbas, no Norte de Minas. “Meus primos sempre montavam e eu os acompanhava. Quando fiz 10 anos, comecei a disputar o Mineiro. Em Brasileiros, na categoria mirim, foi a partir dos 13. Sou apaixonada por cavalos e pelo hipismo”, diz Mariana, cujo maior sonho, como não poderia deixar de ser, é chegar a uma Olimpíada: “É o mais alto que consigo pensar, mas sei que tenho muito a aprender”.
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