"A cada segundo eu tinha de manter o que estava combinado, qualquer descuido e qualquer deslize, tocar uma pedra, perder o remo, poderia tomar uma penalidade muito grande. E o desafio desde o início era manter o plano. Felizmente eu consegui fazer um descida muito boa e sem penalidade", festejou Ana Sátila.
Ela comentou que o Pan é muito diferente de qualquer competição. "Competi o Mundial há duas semanas e não senti a pressão que senti aqui representando meu País.
Ana Sátila afirmou que a maior dificuldade dos canoístas nesse Pan era o percurso do rio Cañete, em Lunahuaná. Segundo a atleta, o trajeto raso era motivo de preocupação dos competidores, que tinham de tomar cuidado para não tocar em pedras e até perder o remo por causa disso. "Qualquer deslize, se afundasse alguns centímetros a mais, poderia bater na pedra".
Quem também ficou feliz da vida com seu resultado foi Pepê Gonçalves, que chorou ao falar da medalha de ouro. "Quatro anos atrás me deram uma penalidade que não tive e perdi a medalha de ouro para o americano. Agora, honrei o favoritismo e saio daqui com o ouro. Lembro de tudo que passei para chegar até aqui, nenhum esporte é fácil. Venho de dois anos não tão bons, mas agora estou conseguindo me reencontrar", disse.
No C1 masculino, Felipe Borges chegou na terceira posição, em um duelo bastante apertado e de diferença mínima, e ficou com o bronze. Já Omira Estácia, irmã de Ana Sátila, chegou na segunda posição, mas um dos juízes anotou uma penalidade de 50 pontos para ela. Seu técnico protestou, pois outros dois juízes nada marcaram, mas não deu certo e ela acabou ficando em sexto lugar..