Tudo isso foi possível graças aos esforços de seu irmão Rorion Gracie – idealizador do evento - e do empresário Art Davie, que apostou na criação do UFC e lutou durante meses para angariar patrocinadores e emplacar a atração na televisão. Os consagrados canais HBO e Showtime recusaram o Ultimate, pois acharam a competição violenta em demasia. Mas a SEG (Semaphore Entertainment Group) comprou a ideia e a primeira edição foi realizada no dia 12 de novembro de 1993, no McNichols Sports Arena, em Denver, no Colorado.
“O primeiro UFC foi um sucesso de audiência. O público foi à loucura. Desde o primeiro show eu já sabia que seria um fenômeno. Olhei para o Rorion durante o evento e falei: isto é enorme e inacreditável. Nós estamos tomando todo o mundo. Isso vai mexer com a cabeças das pessoas”, afirmou Art Davie, em entrevista ao programa norte-americano MMA Hour.
O UFC se tornou um sucesso de vendas no sistema pay-per-view, mas perdeu forças com o passar dos anos depois de receber duras críticas e protestos liderados pelo senador republicano John McCain. O evento ficou à beira da falência em 2000 e só sobreviveu por causa do visionário promotor de boxe Dana White, que convenceu os milionários irmãos Frank e Lorenzo Fertitta a comprarem a liga por dois milhões de dólares, em janeiro de 2001.
Dana White e os Fertitta criaram a ZUFFA para administrar o UFC, conseguiram sancionar diversos eventos em Nevada para levar a atração para Las Vegas e o principal: estabeleceram diversas regras visando à integridade física dos atletas e o reconhecimento do MMA como esporte.
Hoje o UFC é um sucesso nos Estados Unidos, Canadá, Brasil e Inglaterra e tem tudo para conquistar fãs nos quatro cantos do mundo. Além dos países citados, Japão, Austrália, Alemanha, Irlanda, Suécia, Porto Rico, Emirados Árabes e mais recentemente a China já protagonizaram edições do UFC.