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Royce Gracie considera que UFC com menos regras era 'mais interessante'

Brasileiro vê organização mais popular, mas prefere a época do 'vale tudo'

Redação

Royce Gracie foi convidado ilustre dos eventos que antecedem o histórico UFC 167, em Las Vegas

Tricampeão do torneio do Ultimate Fighting Championship, nos primórdios da organização, integrante do Hall da Fama e um dos ícones do MMA, Royce Gracie tem vivido intensamente a semana do UFC 167, em Las Vegas, que comemorará, sábado, os 20 anos de história da franquia. O brasileiro, personagem principal nas primeiras competições da liga, tem sido uma das atrações para os fãs antes do evento festivo.


Nessa quarta-feira, Royce Gracie foi convidado por ninguém menos que o campeão dos meio-médios, Georges St. Pierre, para participar do treino aberto em Las Vegas. O brasileiro, vencedor dos torneios 1, 2 e 4, entre 1993 e 1994, conversou com a imprensa depois da atividade e admitiu que a época antiga, quando ainda prevalecia o ‘vale-tudo’, com pouquíssimas regras e sem lutas por categoria de peso, era mais empolgante.

“A diferença agora é que há muita estratégia, pois os caras aprenderam outros estilos de artes marciais. Mas sem luvas, sem limite de tempo e sem divisão de peso, isso seria mais interessante. O jogo mudou muito, a estratégia mudou muita coisa, é diferente”, afirmou o astro do jiu-jítsu, que derrotou oponentes que poderiam levar vantagem na força, como Gegard Gordeau, Patrick Smith, Kimo Leopoldo, Dan Severn, entre outros. O brasileiro ainda disputou o combate mais longo da história da organização, com duração de 36min, no empate diante de Ken Shamrock pelo UFC 5, em abril de 1995.

Para Royce, além do excesso de regras, o UFC também se transformou com a crescente popularidade em todo o mundo, resultado do maior interesse e investimento da mídia nas transmissões e divulgação dos atletas. “Se transformou em mainstream. Eu sei porque, quando viajo – e estou na estrada cerca de oito meses do ano – e as crianças com cerca de 8 anos, 10 anos, dizem ‘eu quero estar no UFC’, você sabe que o UFC fez isso”, enfatizou.

“Antigamente, as crianças cresciam dizendo – um dia eu quero ser jogador de basquete, um dia eu quero ser jogador de futebol. Agora, elas dizem – um dia, eu quero ser lutador do UFC. Aí você sabe que é o mainstream”, frisou o integrante da badalada família que revolucionou o jiu-jítsu no mundo, criando o chamado ‘brazilian jiu-jítsu’.

Campeão dos torneios nas edições 1, 2 e 4 do UFC, Royce Gracie disputou 13 lutas pela organização no total. Ele só teve uma derrota, para Matt Hughes, por nocaute técnico, na edição 60, em 2006, em Los Angeles. Foram 11 triunfos e o empate diante de Ken Shamrock. Na carreira, em 19 confrontos, ganhou 14, perdeu dois e empatou três vezes. A despedida do MMA foi em junho de 2007, batendo outro grande rival, o japonês Kazushi Sakuraba, por decisão unânime, nos EUA. Royce acabou flagrado em exame antidoping depois desse duelo por uso da substância nandrolona.

UFC 167

Sábado, 16 de novembro

MGM Grand Arena, em Las Vegas

Card principal

Georges St. Pierre x Johny Hendricks – pelo cinturão dos meio-pesados
Rashad Evans x Chael Sonnen
Robbie Lawler x Rory MacDonald
Josh Kosheck x Tyron Woodley
Ali Bagautinov x Timothy Elliot

Card preliminar

Donald Cerrone x Evan Dunham
Ed Herman x Thales Leites
Brian Ebersole x Rick Story
Edwin Figueroa x Erik Perez
Jason High x Anthony Lapsley
Will Campuzano x Sergio Pettis
Cody Donovan x Gian Villante