Melhor lutador peso por peso do ranking do Ultimate Fighting Championship, José Aldo comentou a respeito da chocante derrota de Ronda Rousey contra Holly Holm, no fim de semana passado. O campeão dos penas acredita que o nocaute que colocou fim à invencibilidade de ‘Rowdy’ pode representar, também, o encerramento da trajetória dela no esporte. Na opinião do brasileiro, a ex-campeã deve se dedicar exclusivamente à carreira de atriz e abandonar o octógono, a exemplo de outra estrela do MMA feminino, Gina Carano, que se aposentou depois de perder o título do Strikeforce para Cris Cyborg, em 2009.
”Eu acho que é muito difícil para ela voltar a lutar. A carreira dela tomou um rumo diferente. Se eu estivesse ganhando muito dinheiro com filmes ou qualquer outra coisa, eu iria nesse sentido também. Eu vou ficar machucando meu rosto tomando soco na cara? Você é louco (risos). Acredito que ela não lutará novamente. Se voltar, é claro, ela pode ganhar o título, pois sempre foi uma lutadora. Mas, se eu fosse ela, não voltaria. Eu vejo isso como a situação de Gina. Ela fez o caminho para se tornar atriz depois de perder para Cyborg. Agora, Gina recebe mais atenção do que na época quando lutava. E não precisa fazer nenhuma dieta nem levar murro na cara. Nada”, comentou Aldo, em entrevista ao MMA Fighting.
José Aldo afirmou que a vitória de Holly Holm não foi surpresa e apontou limitação no estilo de luta da ex-campeã como crucial para o resultado. O manauara analisou que a especialidade em apenas uma arte marcial, como a de Ronda no judô, ainda é um problema na divisão feminina e ressaltou a maior versatilidade entre os homens.
“A derrota é normal. Há vitórias e derrotas no esporte. Holm foi campeã várias vezes no boxe e foi capaz de fazer seu jogo em pé. Eu sabia que Holm ganharia se mantivesse a luta em pé. Ronda é uma grande campeã. Eu tenho respeito por ela, mas acho que o MMA masculino está em um nível mais alto. Atletas homens não estão separados por apenas uma arte marcial, como: ‘eu sou um judoca e eu só pegar na chave de braço’. Coisas como essa não sobrevivem lá. Hoje em dia, os atletas precisam ser bons tanto em pé quanto no chão. Você tem de ser bom onde a luta desenrolar. É assim que eu tento ser. Eu gosto de assistir MMA feminino mais que o masculino, porque elas fazem o melhor possível e lutam muito”, declarou o lutador da Nova União, que encara Conor McGregor em 12 de dezembro, no UFC 194, em Las Vegas, pelo cinturão unificado do peso pena.