Quando as grades do octógono se fecham, qualquer linha escrita na história do esporte é esquecida, colocada de lado, para que um novo momento encha um lado de alegria e o outro de tristeza. E foi assim na noite do último sábado, no MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas. Conor McGregor ignorou os dez anos de invencibilidade de José Aldo e, com apenas um golpe, liquidou o ex-campeão dos penas e conquistou o cinturão da categoria.
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Mas como o número 1 do mundo entre todas as categorias, com sete vitórias seguidas em lutas por cinturão e, até então, único campeão da história da divisão, não merece lutar novamente para tentar recuperar o título que foi seu por anos?
As falas de Dana White após o UFC 194 surgem como uma das maiores incoerências e injustiças da história do esporte. José Aldo tinha sequência maior que Ronda Rousey, que foi atropelada por Holly Holm. 'Rowdy' lutará pelo cinturão quando se recuperar. Cain Velasquez tinha apenas duas defesas de título quando perdeu para Fabrício Werdum, enquanto Aldo tinha sete. Mas o norte-americano ganhou a chance de revanche imediata contra o gaúcho.
Ainda sem assimilar o nocaute sofrido, Aldo já pedia pela revanche. Disse que queria lutar contra McGregor, já que não foi isso que aconteceu no primeiro encontro entre eles. O treinador do brasileiro, Dedé Pederneiras, disse que ligaria para conversar com Dana White sobre a data da revanche.
A organização, no entanto, não vai abrir mão da luta entre Conor McGregor e Frankie Edgar. Isso ficou bem claro nas palavras dos dirigentes. A única chance do duelo não acontecer é uma provável mudança de categoria do irlandês, o que abriria uma vaga para José Aldo lutar pelo cinturão.
Por tudo dito acima, não era por um 'golpe de sorte' que José Aldo merecia lutar pelo cinturão novamente. O UFC escreverá certo com linhas tortas uma nova página na história de um dos maiores lutadores de todos os tempos.
