O duelo em Albany será o quinto de Juliana Lima no UFCEla estreou em 2014, com revés diante de Joanna Jedrzejczyk, atual campeã do peso palha; depois, emplacou dois triunfos consecutivos, contra Nina Ansaroff e Ericka AlmeidaA sequência positiva, no entanto, foi encerrada pela ex-campeã Carla Esparza, declarada vencedora por decisão unânimeA performance no último combate ainda incômoda Ju Thai, que prometeu retomar o estilo agressivo no confronto com JJ Aldrich.
“Foi a derrota mais amarga de toda a minha carreiraEu tinha a vitória nas minhas mãos, mas não sei o que aconteceu comigoEu fiquei ali por baixo e tinha certeza que iria finalizá-la, mas esqueci que são três roundsNão tomei um soco na caraDei uma pedalada, que sangrou elaFoi um resultado que eu não sei nem o que dizer, na verdade
Juliana Lima ainda minimizou a troca repentina de adversária e destacou o aperfeiçoamento das técnicas das artes marciais mistas, principalmente no jogo de solo, desde que passou a treinar permanentemente com o mestre Vinícius Draculino, em HoustonA mineira espera uma oponente resiste, mas confia na intensa movimentação para colocar em práticas as transições e todos os atributos das artes marciais mistas.
“Não fiquei surpresa com isso, sinceramenteÉ a terceira vez consecutivaEu continuei treinando e tive uma grande sorte de pegar outra adversária canhotaUma das melhores coisas que aconteceu comigo foi ter vindo treinar aquiEu tive uma evolução muito grandeDraculino é o principal responsável por issoVou usar muita movimentaçãoEla anda para frente, e eu vou aproveitar isso
Você teve adversária trocada quase que a uma semana do eventoComo foi a sensação quando soube que Tatiana Suarez estava fora da luta?
Não fiquei surpresa com isso, sinceramenteNão foi a primeira vez que isso acontece comigo no UFCÉ a terceira vez consecutivaNão é nenhuma novidadeEu continuei treinando e tive uma grande sorte de pegar uma adversária canhotaIsso facilitou, porque eu vou aproveitar tudo que eu coloquei em prática durante o camp
Você terá pela frente uma adversária pouco conhecidaJJ Aldrich é estreante no UFC e participou do TUF 23Como é estudar uma adversária para depois enfrentar outra? Como fazer para suprir a falta de informações de Aldrich?
Como ela participou da casa do TUF, deu para ter uma ideia delaEla tem um estilo redondinho e caminha sempre para frenteEla toma porrada, mas continua andando para frenteApesar do pouco tempo, deu para estudar direito o estilo dela e agora é colocar em prática todos esses meses de treino
Nos últimos combates você optou por uma postura de usar o clinche e buscar as quedas do wrestlingA estratégia será parecida, ou você pretende usar outra postura tática em Albany?
Vou usar muita movimentaçãoComo ela anda para frente, vou me movimentar bastante pelos lados, entrando, batendo, saindoEla anda para frente, e eu vou aproveitar issoVou usar o meu jiu-jítsu, que evoluiu muito desde que vim morar em HoustonSe aparecer a oportunidade de quedar, eu vou fazer isso sem problemaNa minha cabeça, a estratégia é usar os chutes e a movimentação, porque ela é canhota e gosta de andar para frenteVou usar as saídas laterais, porque assim abre uma brecha para quedaEu quero fazer tudo nessa luta, na verdadeEu quero misturar, fazer o MMA, de fato
A categoria ainda tem Joanna como campeã dominante, mas outras lutadoras têm movimentado o peso palha, como a Jessica AndradeComo você a divisão hoje?
Joanna foi a minha primeira luta no UFC – e a dela tambémEla evoluiu muito desde a nossa lutaCom todo respeito às outras lutadoras, Joanna está em um nível acimaAs lutadoras que estão chegando representam um sangue novo na categoriaIsso é bom para a categoria, que ainda é nova no UFCTem espaço para todo mundo.
Desde que você passou a treinar nos EUA, você sentiu evolução no jogo em pé ou mais no chão? A preparação é diferente daqui no Brasil? Qual a vantagem de treinar nos EUA?
Eu venho da Gracie Barra, de BH, uma academia muito conceituada, e que tem o mestre Draculino e outros vários ótimos representantesEu saí de BH para ficar aqui, em Houston, e beber direto na fonte, como se dizEu treino diretamente com Draculino, que é meu headcoachEle é sensacionalUma das melhores coisas que aconteceu comigo foi ter vindo treinar aqui, porque eu pude aprender muito com ele como pessoa e treinadorEle tem uma visão muito boa para a luta e um jiu-jítsu espetacularEu tive uma evolução muito grandeEu sempre treinei jiu-jítsu, mas não evoluía muitoEu tinha pavor de fazer guarda ou ficar por baixoNa luta contra Carla (Esparza), ela nem me bateuEla ficou por cima, mas quase não encostou em mim, porque meu jiu-jítsu foi muito eficaz e ofensivoEu evoluí ainda mais depois dessa luta, aprendi muito maisE Draculino é o principal responsável por issoEle está sempre do meu lado
Você está entre as 15 melhores no ranking peso palhaTem alguma meta traçada para o próximo ano? Pretende subir de forma gradativa, pensando luta a luta?
Minha meta é lutar maisEu espero ficar longe de lesões, porque eu lutei muito pouco neste anoEsta é só a segunda luta no anoQuando me falaram da lesão da Tatiana, eu falei com meu agente que eu teria de lutar de qualquer jeito, não importava contra quemPara o próximo ano, eu quero ritmo de luta Eu sou uma lutadora mais velha, apesar de sentir meu corpo novo, e quero ter oportunidade de lutar cada vez mais no UFC.
Você vem de derrota para a ex-campeã Carla EsparzaComo foi essa luta? Em que você mudou desde o último combate?
Foi a derrota mais amarga de toda a minha carreiraEu tinha a vitória nas minhas mãos, mas não sei o que aconteceu comigoEu fiquei ali por baixo e tinha certeza que iria finalizá-la, mas esqueci que são três roundsNão tomei um soco na caraDei uma pedalada, que sangrou elaFoi um resultado que eu não sei nem o que dizer, na verdadeEu estou mais consciente agora e com sangue nos olhosVou recuperar aquela Ju Thai mais agressiva, como era no Brasil Fight, e retomar o caminho das vitórias.
Você teme uma segunda derrota seguida, que pode te tirar do top 15?
Nem penso nissoIsso não passa pela minha cabeça