“Hoje, um lutador é mais artista que atleta. O UFC por si só é um show, e não um esporte. Dá tristeza ver lutadores novos querendo dirigir o carro do momento ou ganhar os holofotes como o Conor McGregor. A referência é ter, e não ser”, reforçou o Fenômeno em entrevista à Revista Veja Rio, criticando a ostentação de alguns companheiros de profissão.
Oriundo do jiu-jítsu – foi aluno do mestre Carlson Gracie -, Belfort começou no MMA em 1996, foi para o UFC no ano seguinte e logo alcançou sucesso, conquistando o Torneio dos Pesos Pesados de forma fulminante, ao nocautear Scott Ferrozo com apenas 43seg de luta. O Fenômeno ainda ganhou o cinturão dos meio-pesados, diante de Randy Couture, e disputou por duas vezes o título dos médios (perdeu para Anderson Silva e Chris Weidman) e outra na divisão até 93kg – acabou batido por Jon Jones.
Com mais de 20 anos de carreira, o veterano não admite ‘pendurar as luvas’ em definitivo. Ele planeja continuar em atividade e tem como projeto a criação de uma espécie de liga reunindo lutadores que fizeram história no MMA, desde os tempos do chamado ‘vale tudo’. “Tenho vontade de criar a Liga das Lendas, com atletas que fizeram muito pelas artes marciais e hoje são desvalorizados”, revelou o Fenômeno, que tem cartel de 25 vitórias, 13 derrotas e um No Contest (sem resultado) no esporte.