Mário Yamasaki interrompeu o duelo principal do evento aos 4min37 do primeiro round, quando Kevin Lee encaixou mata-leão e Michael Chiesa tentava se livrar da finalização. O árbitro, no entanto, decidiu paralisar a luta e acabou irritando o Maverick, que reclamou bastante da atitude do juiz brasileiro.
Nesta segunda-feira, depois que Dana White criticou publicamente o árbitro, por meio do Twitter, vários lutadores do UFC saíram em defesa de Chiesa e também detonaram Mário Yamasaki nas redes sociais. A maior reclamação dos atletas é o fato de que o Maverick não bateu com os três tapinhas, sinalizando a desistência.
Veja a reação dos atletas após a luta
O ex-campeão peso médio Chris Weidman escreveu no Twitter que a luta ainda não tinha acabado e não deveria ter sido interrompida. “Corri para casa para ver isso! Sem bater? Que droga, cara. Lamento pelo Chiesa. Olha o que a Kish fez anteriormente. Não tinha acabado ainda”, escreveu, se referindo ao duelo feminino entre Felice Herrig e Justine Kish, que resistiu à tentativa de finalização da adversária e só foi superada por decisão unânime dos juízes laterais.
Cub Swanson, número quatro no ranking peso pena do UFC, também se manifestou contra a atitude do árbitro brasileiro. “Quando os árbitros serão responsabilizados por atitudes ruins? Sei que é um trabalho difícil, mas decisões ruins podem mudar a vida de algumas pessoas”, postou.
Até mesmo um brasileiro ficou contra Mário Yamasaki. Rafael dos Anjos, também por meio do Twitter, considerou um equívoco do árbitro a paralisação da luta naquele momento. “Interrupção muito ruim”, criticou o ex-campeão peso leve e que mudou para a divisão dos meio-médios.
Número 11 no ranking peso galo feminino, Marion Reneau foi ainda mais contundente ao criticar Yamasaki. “Sério! Pior árbitro de todos”, escreveu a lutadora canadense.
Aos 53 anos, Mário Yamasaki é um dos árbitros mais conceituados no MMA, licenciado em diversos estados nos EUA. Além de trabalhar em eventos do UFC, esteve nos extintos Strikeforce e WEC. Experiente, já foi juiz em várias lutas principais da noite em eventos do Ultimate, mas não escapou de polêmicas, como no duelo entre Erick Silva e Carlo Prater, na estreia do octógono no Rio de Janeiro, edição 134, em agosto de 2011. Ele desclassificou o capixaba e deu a vitória ao adversário, em decisão muito contestada.