Muitos apostavam em uma vitória de Cyborg já no primeiro ou no segundo round. A brasileira até buscou encerrar a luta rapidamente, mas encontrou uma rival que resistiu bravamente à grande variedade de golpes aplicados. Foram jabs, diretos, joelhadas e chutes altos que acertaram em cheio Tonya Evinger, que no entanto se manteve firme no octógono. E ainda conseguiu derrubar a paranaense, que se levantou em seguida.
A resistência de Evinger, que é campeã peso galo do Invicta e subiu de divisão para enfrentar Cyborg no UFC, durou até o terceiro round. A brasileira, que demonstrou muito respeito ao tomar o cuidado de não se expor a um contragolpe ou a uma queda da americana, continuava batendo até conseguir êxito com duas joelhadas que levaram a rival ao chão. O árbitro Mike Beltran paralisou a luta a 1min56 do terceiro assalto. Vitória por nocaute técnico e cinturão garantido para a paranaense. E também para o Brasil.
Cris Cyborg, aos 30 anos, realizou o sonho de ser a campeã do maior evento de MMA. Depois de receber o cinturão de Dana White, ela comemorou – de forma um pouco contida – com os fãs presentes no Honda Center. “Muita coisa aconteceu na minha carreira. Antes eu era completamente louca no octógono. Mas agora eu aprendi a trabalhar com calma. Estou muito feliz com o cinturão”, declarou. Cyborg mostrou estilo mais cadenciado de luta, mas mesmo assim soltou muitos golpes até a vitória - Foto: Sean M. Haffey/AFP