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BJ Penn admite falta de 'fogo' para lutar, mas ainda descarta aposentadoria

Havaiano fez história no UFC, mas vem de cinco derrotas seguidas

Redação
BJ Penn admite que não tem 'fogo' para lutar, mas ainda não confirmou aposentadoria do MMA - Foto: Christian Petersen/AFP
Um dos lutadores mais carismáticos do UFC, BJ Penn vive um momento altamente delicado, com cinco derrotas consecutivas. Entretanto, o havaiano de 38 anos, integrante do grupo campeão em duas divisões de peso diferentes – ganhou cinturão nos leves e nos meio-médios -, não desiste e disse que não pensa em aposentadoria neste momento. 

Especialista em jiu-jitsu – foi o primeiro norte-americano campeão mundial na faixa-preta -, BJ Penn migrou com sucesso para o MMA e se transformou em um dos principais atletas da história do UFC. Em 2004, o havaiano desbancou Matt Hughes e faturou o cinturão dos meio-médios (até 77kg). A consagração veio com o título dos leves (até 70kg), em 2008, diante de Joe Stevenson. 

Penn entrou para o Hall da Fama do UFC, mas a carreira do havaiano começou a declinar, com participações frustrantes nas últimas lutas. O veterano não vence desde novembro de 2010, quando venceu Matt Hughes no UFC 123. Depois, BJ acumulou um No Contest (sem resultado) contra Jon Fitch e cinco derrotas consecutivas, diante de Nick Diaz, Rory MacDonald, Frankie Edgar, Yair Rodriguez e Dennis Siver.

Depois da derrota para Dennis Siver, por pontos, em junho deste ano, BJ Penn ainda não voltou a treinar e admitiu que perdeu o ímpeto de subir ao octógono e lutar. “Eu estou curtindo e relaxando. Eu não tenho treinado, nem nada do tipo.
Não sei, você nunca sabe o que o futuro tem guardado para você, mas estou aproveitando”, declarou.

“Talvez eu volte a treinar por diversão e volte por diversão, vamos ver. Eu não tenho o fogo para competir agora”, acrescentou o havaiano, em entrevista ao seu próprio podcast, o BJ Penn Radio. Ele avisou, no entanto, que o fato de não ter a mesma vontade de antes não significa o fim da carreira, pelo menos por enquanto. Tudo dependerá da performance nos treinamentos.

“Estou apenas curtindo e não quero assustar ninguém ao dizer: ‘Eu vou voltar a lutar’. Se tivesse nocauteando caras na academia o tempo todo, então talvez eu pensasse nisso. Mas vou apenas voltar a treinar e me divertir. Vou pegar leve e me divertir. Tudo tem a ver com o fogo, que queima dentro da gente para você querer fazer algo, fazer o seu nome, ganhar respeito, fazer a sua vida. Eu vou viver um dia de cada vez, criar os meus filhos. Vamos ver. Nunca sabemos o que vai acontecer no próximo ano. Não estou dizendo que vou lutar, mas quem sabe o que pode acontecer”, enfatizou. 

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