Apenas rês semanas depois de perder o cinturão do peso médio para Georges St-Pierre, com derrota por finalização no UFC 217, Michael Bisping aceitou o desafio de substituir Anderson Silva, flagrado por doping, na luta principal do evento em Xangai, contra Kelvin Gastelum. O veterano inglês, no entanto, acabou nocauteado logo no primeiro round, em duelo realizado no fim de novembro. Em comentário no próprio podcast, o ex-campeão admitiu que o ego grande o fez entrar no octógono sem tempo necessário para recuperação.
“Todos sabem e viram que eu não venci a luta. Mas, honestamente, eu me sentia ótimo nessa luta. Eu estava treinando muito e cansado física e emocionalmente? Sim, eu estava. Mas esse é o problema de ter um ego grande para c***** e achar que pode chegar lá e vencer. Eu realmente entrei lá achando que poderia vencer Gastelum. Mas eu não tiro os méritos dele. Ele me pegou com um belo gancho de esquerda e me nocauteou”, declarou o ‘Conde’, no podcast Belive You Me.
Bisping, no entanto, descartou arrependimento por topar o desafio na China às pressas. “Realmente, foi uma grande aposta que não deu certo. Se eu tivesse vencido, seria ótimo Mas isso faz parte desse jogo. Você se dá uma chance, joga o dado e espera que tudo dê certo. O melhor homem naquela noite, Gastelum, venceu a luta. Mas eu não me arrependo dessa aposta”, concluiu.
Com a segunda derrota seguida no UFC, Michael Bisping recebeu suspensão médica de 60 dias. Aos 38 anos, o ex-campeão já declarou que se aproxima do fim da carreira e cogitou a despedida em casa, no card do UFC em Londres, no dia 17 de março. No Ultimate Fighting Championship desde 2006, Bisping tem 30 vitórias em 39 combates em todo o cartel nas artes marciais mistas. Ele foi vencedor do TUF 3 e campeão dos médios durante um ano e cinco meses – conquistou o título sobre Luke Rockhold; o defendeu uma única vez, contra Dan Henderson; e perdeu o posto para GSP.