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Miesha defende aumento salarial a lutadores após acordo bilionário fechado pelo UFC

Ex-campeã diz que contrato com ESPN motivará atletas e pedir reajuste

postado em 25/05/2018 20:33 / atualizado em 25/05/2018 20:46

Michael Reaves/AFP
O investimento pesado da ESPN na transmissão de eventos do UFC nos EUA e no restante da América do Norte poderá trazer um pedido em massa de aumento salarial por parte dos lutadores. A previsão é da ex-campeã peso galo, Miesha Tate, que deixou o octógono no ano passado e está à espera da chegada do primeiro filho.

Pelo acordo, a emissora pagará US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 5,5 bilhões) por cinco anos de contrato na exibição dos eventos do UFC nos EUA, incluindo a nova plataforma de vídeos da ESPN+ para transmissão na Internet. Serão 30 shows no total, 10 pela TV (com o nome de UFC on ESPN Fight Night) e 20 pelo serviço de streaming (que serão chamados de UFC on ESPN Fight Night). 

Para Miesha Tate, o fato de aumentar a receita poderá significar uma dificuldade do UFC na negociação para renovar contrato com os lutadores. Ela prevê mais pedidos por aumento salarial na organização. “Com certeza terá mais dinheiro girando no UFC com esse acordo, e isso tem que chegar aos lutadores, certo? É de conhecimento público”, declarou a ex-campeã em entrevista ao programa MMA Tonight, veiculado na rádio Sirius XM Rush.

Ela considera que o UFC sempre foi muito fechado nos assuntos sobre arrecadação, mas agora, com a divulgação dos números exatos no acordo com a ESPN, a franquia poderá motivar os atletas a brigar por aumento. “Sei que no passado o UFC fez segredo sobre o quanto eles geravam e tinha uma especulação sobre o quanto ia de fato para os lutadores e o quanto custa ter um negócio como esse, mas agora é transparente”, enfatizou.

“Posso imaginar que vai acabar com lutadores querendo mais dinheiro, merecendo mais dinheiro. Sem os lutadores, o UFC não faria esses acordos. Lutadores são os trabalhadores. Lutadores são os que fazem isso acontecer, eles fazem o entretenimento e merecem ser recompensados. É uma carreira curta e difícil para o corpo deles, então faz sentido pedir uma compensação”, acrescentou a Cupcake, que faturou o cinturão dos galos diante de Holly Holm, em 2016, e o perdeu logo na primeira defesa, batida por Amanda Nunes, no mesmo ano.

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