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Cyborg rebate Amanda Nunes e reclama de tratamento no UFC: 'Acho que é pessoal'

Campeã cogita saída do UFC se tiver de esperar até dezembro para superluta

postado em 17/07/2018 12:55 / atualizado em 17/07/2018 13:08

Sean M. Haffey/AFP

Campeã do peso pena do Ultimate Fighting Championship, Cris Cyborg voltou a criticar Amanda Nunes, detentora do cinturão do peso galo da organização. As brasileiras estão em impasse em relação à data da superluta. Amanda quer o duelo em dezembro, pois teria tempo de se recuperar de lesão no pé, e o embate teria ainda mais divulgação. Cyborg, no entanto, discordou e criticou a compatriota – que exibiu uma foto do contrato assinado para a luta – e reclamou do tratamento recebido no UFC.

“Quando Amanda enfrentou Miesha Tate e Ronda Rousey, o UFC não a promoveu. Quando eu enfrentei Holly Holm, também não me promoveram. Por que vão nos promover agora? Isso não é sobre promoção, pois já sabemos quem vai ser a luta coprincipal em dezembro. Já falei ao UFC que eu estou saudável agora. Não quero esperar nove meses, quero lutar agora. Preciso receber e pagar meus treinadores. Vocês viram o que aconteceu com Brian Ortega (que não lutou no UFC 226 após a lesão de Max Holloway). Meu agente vai sentar com eles e conversar. Ela precisa provar que não está mais lesionada. Como você pode assinar o contrato se está lesionada? Ela disse que estava lesionada há seis meses. Agora, ela precisa de mais seis meses para a preparação?”, disparou em entrevista ao podcast Ariel Helwani's MMA Show, nessa segunda-feira.

A última apresentação de Cris Cyborg foi em março deste ano, na vitória por nocaute sobre Yana Kunitskaya, defendendo o cinturão do peso pena pela segunda vez. Caso a imposição de Amanda Nunes seja aceita, a paranaense teria um intervalo de nove meses entre as lutas. Cyborg avisa, que nessas condições, a superluta contra a ‘Leoa’ pode ser a sua despedida do UFC.

“Quando eles precisaram de mim em março, me ligaram três semanas antes, e eu estava pronta. Isso mostrou que estou sempre pronta. Agora, eles querem me manter parada por nove meses no meio do meu auge. Por que estão me punindo? Se me fizerem esperar até dezembro, provavelmente esta será a minha última luta no UFC. Por que vocês querem me punir? Os fãs gostam de ver as minhas lutas, e os números não mentem. Por que eu tenho de esperar Amanda? Eles têm outras garotas para lutar. Eu posso lutar no Brasil em 22 de setembro, posso lutar em 8 de setembro. Estou pronta e quero lutar. Eu tenho 33 anos. Não tenho 17 anos para esperar alguém por um ano. Amanda disse que está lesionada, tudo bem, ela pode ter o tempo dela, mas eu quero lutar”, afirmou.

Aberta a enfrentar outras adversárias, Cyborg diz que o tratamento que recebe no UFC pode ser algo pessoal. “Eu não vou desistir por causa disso. Vou continuar lutando. Isso me faz querer mais. Eu sei que os meus fãs querem ver minhas lutas, e isso me faz continuar. Às vezes, eu acho que é pessoal, porque se os fãs amam as minhas lutas. Se os fãs pagam pay per view das minhas lutas é porque eu faço boas lutas. Então, por que eu não luto? Não sei a razão. Eles dizem que não têm garotas na minha divisão, mas há sim. Não quero reclamar, mas não é justo com meus fãs e comigo”, concluiu.

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