Durinho culpa relaxamento da quarentena por diagnóstico e torce por Kamaru no UFC 251

Afastado da luta principal do UFC 251, neste sábado, na estreia da Ilha da Luta, em Abu Dhabi, Gilbert Durinho revelou que vai torcer pelo amigo Kamaru Usman, campeão dos meio-pesados, diante de Jorge Masvidal, substituto do brasileiro. O lutador nascido em Niterói testou positivo para COVID-19 e foi cortado do evento. Ele culpou o relaxamento da quarentena no estado da Flórida, EUA, onde reside e treina, por ter contraído a doença.

Durinho, que teria a primeira chance de disputar o cinturão do UFC na estreia da Ilha da Luta, em um dos eventos mais aguardados da temporada, disse que houve uma queda brusca no isolamento social imposto até então na Flórida. O brasileiro revelou ainda que mais companheiros de academia, que lutam em outros eventos nos EUA, também testaram positivo para o novo coronavírus. 

“O problema é que a Flórida se abriu. As pessoas não estão usando máscaras, andam por toda parte. Então acho que foi assim que conseguimos. A primeira pessoa que conseguiu foi o Kenny, um técnico brasileiro. Depois foi o Aung La Nsang (campeão do ONE FC). E então, alguns pesos pesados, depois fui eu. E outro cara me mandou mensagem; ele está fora de uma luta na LFA porque também testou positivo”, relatou o Burns, como é conhecido nos EUA.

Com os seguidos casos de contágio da doença, Durinho disse que será preciso retomar o período de isolamento social. “Não estamos seguros e temos que ficar em casa. Acredito que o treinamento vai terminar. Temos que fechar a academia pela segunda vez, esperar e fazer com que todos sejam testados, para depois abrir novamente. Acho que é uma coisa da Flórida, não de academia, porque aqui está tudo acabado. Os números estão subindo e fomos pegos”, acrescentou o brasileiro, em entrevista à ESPN norte-americana. 

Durinho enfrentaria Kamaru Usman, parceiro de treinos na Sanford MMA, na Flórida. O brasileiro disse que vai torcer para que o companheiro de academia vença e mantenha o cinturão contra Jorge Masvidal. Segundo ele, pelo bem da divisão dos meio-médios do UFC. “Quero que Kamaru vença. Primeiro, eu meio que gosto do cara, era o meu parceiro de treinos. Se Masvidal vencer, as coisas vão ficar malucas”, previu.

“Vai ser um circo na categoria. Ele (Masvidal) vai enfrentar quem? Acho que ele quer lutar contra Conor (McGregor) ou, talvez, Nate Diaz. Não acho que a divisão vai desenrolar direito. Ele vai fazer uma bagunça, então é mais uma razão para eu torcer pelo Kamaru”, reforçou o brasileiro, que ocupa o primeiro lugar no ranking da divisão até 77kg, abaixo apenas do nigeriano campeão.