Os apartamentos, todos mobiliados, já têm até preço definido. “Um quarto e sala custará R$ 3,5 mil. Um dois-quartos, R$ 4,5 mil. Um três- quartos, R$ 7,2 mil. Isso aqui em Copacabana.” Segundo Dênis, mais próximo do período olímpico os valores tendem a aumentar, “principalmente se começar a haver escassez de imóveis”. Ele revela uma curiosidade: “Tem gente que vem aqui, principalmente de outros estados, querendo comprar apartamentos e dizendo que querem alugá-lo na época da Olimpíada.”
Há também quem tenta se valer de períodos como esse para se beneficiar. “Tenho a casa de uma tia que é para alugar durante os Jogos. É lá no Recreio. Tem dois andares e vai custar R$ 40 mil. E há ainda apartamentos de parentes que vão custar de R$ 8 mil a R$ 10 mil”, propôs um motorista de táxi, ao ouvir que o assunto entre os passageiros é a Olimpíada. Ele se identificou apenas como Marcelo, escrevendo o nome e o número do telefone num pedaço de papel, entregue a um dos ocupantes do veículo.
DUAS RODAS
Não apenas o ramo imobiliário faz as contas de quanto pode faturar nos Jogos. Geraldo Oseias Gonçalves, de 32, gerente de uma loja de venda, consertos e aluguel de bicicletas, a Rio By Bike, espera movimento bem maior no período. “A maioria dos aluguéis é para gringos. São eles que mais gostam de passear pela cidade em duas rodas. Como na Olimpíada o número de turistas deve crescer muito e estão até construindo uma pista exclusiva para ciclistas, de Copacabana à Barra, espero que o nosso movimento aumente ainda mais.”
O preço atual é de R$ 15 a hora, e ele não planeja aumento. “Temos outras opções, como a diária a R$ 70 e o pernoite a R$ 90. O que espero é que se criem infraestruturas nos locais de competição para receber as bicicletas.”
IMAGEM POLUÍDA
A poluição da água no Rio preocupa, e muito. O mau cheiro provocado pela emissão de esgotos nos vários cursos d’água, no mar e na Lagoa Rodrigo de Freitas, incomoda. O problema ganhou as páginas dos jornais do mundo inteiro ao longo da semana, a partir de denúncia feita pela agência de notícias norte-americana AP, de que a atual condição das águas, contaminadas principalmente por coliformes fecais, causa riscos aos atletas que competirão nas provas aquáticas. Análises mostraram que a Baía de Guanabara tem 1,7 milhão de vezes mais vírus do que num lago, lagoa ou mar dos Estados Unidos, por exemplo.