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À espera de decisão da Aiba, Pacquiao diz que 'não fecha porta' para a Olimpíada

Filipino concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira em Las Vegas

Agência Estado
Filipino concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira em Las Vegas - Foto: Divulgação
A Olimpíada do Rio deve atrair um número inédito de estrelas do esporteDepois de incluir o golfe e o rúgbi no programa, a edição de 2016 dos Jogos pode permitir a participação de boxeadores profissionais, quebrando um veto históricoSe isso acontecer, a capital fluminense poderá receber nomes como Manny Pacquiao.

O filipino concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira em Las Vegas (EUA), como parte da promoção da luta contra Timothy Bradley na semana que vem, e admitiu que está cogitando a hipótese de competir no Rio.

"Eu não estou que vou lugar ou que não vouEu não estou fechando a portaEstou pensando nisso", disse o boxeador, que concorre ao Senado das Filipinas em maioA proposta de lutar a Olimpíada, defendendo seu país, teoricamente o ajuda na campanha.

PÉSSIMA IDEIA

Os grandes promotores do boxe profissional, responsáveis por movimentar milhões de dólares a cada luta, são radicalmente contra a ideiaNesta sexta-feira, isso ficou claro pela declaração de Bob Arum, dono da Top Rank, que agencia o próprio Pacquiao e também o brasileiro Esquiva Falcão, que já declarou sua vontade de estar no Rio.

"A ideia de permitir profissional nas Olimpíadas nesse curto período é absolutamente insanaEssas pessoas (responsáveis pela ideia) devem ter suas cabeças examinadas", disse Arum.

Ele rebateu quem compara a entrada de profissionais no boxe olímpico com movimento semelhante no basquete"Profissionais podem jogam basquete na Olimpíada, é verdadeMas no basquete você apenas enterra sobre alguémNão é um esporte de combate
Se você colocar a experiência dos boxeadores profissionais numa luta contra amadores, vai haver sérias consequências física", avisou.

No mês passado, o Conselho Mundial de Boxe (CMB), principal organização do boxe profissional, avisou que vai expulsar qualquer pugilista que competir no RioDe acordo com a entidade "não é possível imaginar, muito menos aceitar, uma luta entre boxeadores profissionais, que já têm um desenvolvimento físico e técnicas avançadas, enfrentando jovens pugilistas que estão apenas começando esse processo".

Para o CMB, o "boxe não é um jogo, com gols ou cestas, mas um esporte que contato que deve ser levado a sério"O comunicado do CMB ainda lembra que a função das entidades reguladoras é garantir a segurança e o bem estar dos atletas.

A Aiba promete votar em 1.º de junho uma mudança nos seus estatutos, retirando o veto a boxeadores profissionaisIsso permitiria a participação desses pugilistas no Pré-Olímpico Mundial que vai acontecer na segunda quinzena de junho em Baku, no Azerbaijão, tentando a vaga no Rio-2016.